Livro: Kahneman - Rápido e Devagar - Duas Formas de Pensar - Capítulos 5, 6 e 7

                                                                 

Livro: David Kahneman - Rápido e Devagar - Duas Formas de Pensar (2011)



Pgs. 47-54


"CAPÍTULO 5: "CONFORTO COGNITIVO"


68 - Conforto cognitivo - relaxado ou tenso (eu): Tenso indica a existência de algum problema, que vai exigir mobilização ampliada do Sistema 2. Inversamente, você experimenta tensão cognitiva (cognitive strain). A tensão cognitiva é afetada tanto pelo nível atual de esforço como pela presença de demandas não cumpridas.


69 - ...Quando você se encontra em um estado de conforto cognitivo, provavelmente está de bom humor, gosta do que vê, acredita no que ouve, confia em suas intuições e sente que a presente situação é confortavelmente familiar. Também apresenta maior propensão a ser relativamente casual e superficial nas coisas que pensa. Quando você se sente tenso, tem maior probabilidade de se mostrar vigilante e desconfiado, investir mais esforço no que está fazendo, sentir-se menos confortável e cometer menos erros, mas também fica menos intuitivo e menos criativo do que o normal.


70 -  Você experimenta maior conforto cognitivo ao perceber uma palavra que já viu antes, e é essa sensação de conforto que lhe dá a impressão de familiaridade. A mente quer evitar a sensação de não-familiaridade. A impressão de familiaridade é produzida pelo Sistema 1, e o Sistema 2 se apoia nessa impressão para um julgamento de verdadeiro/falso.


71 - Um jeito confiável de fazer as pessoas acreditarem em falsidades é a repetição frequente, pois a familiaridade não é facilmente distinguível da verdade.


72 - ...Pessoas que foram repetidamente expostas à frase “a temperatura corporal de uma galinha” mostraram-se mais predispostas a aceitar como verdadeira a afirmação de que “a temperatura corporal de uma galinha é 62°” (ou qualquer outro número arbitrário). A familiaridade com uma única frase na afirmação foi suficiente para fazer a afirmação toda parecer familiar, e desse modo verdadeira. Se você não consegue se lembrar da origem de uma afirmação, e não tem nenhuma maneira de relacioná-la com outras coisas que sabe, não lhe resta outra opção a não ser se deixar levar pela sensação de conforto cognitivo.


73 - Negrito e outras técnicas importam: se sua mensagem vai ser impressa, use papel de alta qualidade para maximizar o contraste entre as letras e o fundo. Se você vai usar cor, há maior probabilidade de que acreditem em você se seu texto for impresso em azul ou vermelho brilhantes do que em tons medianos de verde, amarelo ou azul-claro. Aforismos em rimas também foram mais valorizados que "sem", segundo um estudo. ... Finalmente, se você cita uma fonte, escolha uma com um nome que seja fácil de pronunciar (até sobre isso teve estudo).


74 - Como você sabe que uma afirmação é verdadeira? Se ela está ligada fortemente por lógica ou associação a outras crenças ou preferências que você possui, ou vem de uma fonte em que você confia e de que gosta, você vai ter uma sensação de conforto cognitivo. Perigos da ilusão de veracidade.


75 - O louco é que tipologia ruim pode ajudar a resolver problemas em que a resposta intuitiva não é desejada. Exemplifica com duas perguntas semelhantes à do caso do bastão:  Os resultados contam uma história clara: 90% dos alunos que viram o teste em tipologia normal cometeram pelo menos um erro no teste, mas a proporção caiu para 35% quando a tipologia mal era legível. Você leu isso corretamente: o desempenho foi melhor com a tipologia ruim. A tensão cognitiva, seja qual for sua origem, mobiliza o Sistema 2, que tem maior probabilidade de rejeitar a resposta intuitiva sugerida pelo Sistema 1.


76 - Há estudos em que eu custo a acreditar: Ações com um nome comercial pronunciável (como KAR ou LUNMOO) têm desempenho superior a acrônimos trava-línguas, como PXG ou RDO — e parecem conservar uma pequena vantagem ao longo do tempo. Um estudo conduzido na Suíça revelou que os investidores acreditam que ações com nomes fluentes como Emmi, Swissfirst e Comet obterão retorno superior a títulos desajeitados como Geberit e Ypsomed.


77 - O experimento das cinco palavras em turco, aparecendo por um bom tempo cada uma em uma edição diferente de um jornal universitário, também é interessante. As que apareceram mais vezes foram julgadas como significando possivelmente algo bom. O contrário para as outras. O efeito de mera exposição não depende da experiência consciente de familiaridade. Na verdade, o efeito não depende nem um pouco da consciência: ele ocorre mesmo quando as palavras ou imagens repetidas são exibidas tão rapidamente que os observadores nem sequer têm consciência de as terem visto. 


78 - ...Tudo isso teria a ver com a evolução. Como os animais reagiam, para sobreviver, a algo que desconheciam. Se algo era frequente e não trazia males, permitia certo relaxamento. Algo novo, porém, ainda estava em análise. O efeito de mera exposição ocorre, alegou Zajonc, porque a exposição repetida de um estímulo não é acompanhada de nada ruim. (...) Obviamente, esse argumento não se restringe a humanos. Para prová-lo, um dos colegas de Zajonc expôs duas séries de ovos de galinha fecundados a diferentes sons. Depois de chocados, os pintinhos emitiam regularmente menos chamados aflitos quando expostos ao som que haviam escutado quando estavam dentro da casca.


79 - Criatividade pode ser uma ótima capacidade associativa. Um experimento dá uma trinca de palavras e espera que a pessoa identifique uma quarta a que a trinca evoca: "cottage Swiss cake". Queijo.


80 - O experimento sobre humor e intuição criativa é tão interessante que vou transcrever por inteiro: Para descobrir, eles primeiro tornaram parte de seus voluntários felizes e outros tristes, pedindo-lhes que pensassem durante vários minutos em episódios felizes ou tristes de suas vidas. Depois apresentaram a essas pessoas uma série de trincas, metade delas ligada (como no caso de dive, light, rocket) e metade sem ligação (como sonho, bola, livro), instruindo-as a apertar uma de duas chaves bem rapidamente para indicar suas conjecturas sobre onde a trinca se ligava. O tempo concedido para a conjectura, dois segundos, era claramente curto demais para que a verdadeira solução viesse à mente de quem quer que fosse. (...) A primeira surpresa foi ver que os palpites das pessoas são bem mais precisos do que seriam por acaso. Achei isso assombroso. Uma sensação de conforto cognitivo aparentemente é gerada por um sinal muito fraco vindo da máquina associativa, que “sabe” que as três palavras são coerentes (compartilham uma associação) muito antes de a associação ser puxada da memória. O papel do conforto cognitivo no julgamento foi confirmado experimentalmente por outra equipe alemã: manipulações que aumentam o conforto cognitivo (priming, tipologia nítida, palavras pré-expostas) aumentam todas a tendência a ver as palavras como ligadas. (...) Outra descoberta notável é o poderoso efeito do humor nessa performance intuitiva. Os pesquisadores calcularam um “índice de intuição” para medir o grau de exatidão. Descobriram que deixar os participantes de bom humor antes do teste, fazendo-os ter pensamentos felizes, mais do que dobrava o grau de exatidão. Um resultado ainda mais surpreendente é que as pessoas infelizes eram completamente incapazes de realizar a tarefa intuitiva de forma precisa; suas conjecturas não eram melhores do que resultados aleatórios. O humor evidentemente afeta a operação do Sistema 1: quando estamos desconfortáveis e infelizes, perdemos o contato com nossa intuição.


81 - Um estado de bom humor afrouxa o controle do Sistema 2 sobre o desempenho: quando de bom humor, as pessoas se tornam mais intuitivas e mais criativas, mas também menos vigilantes e mais propensas a cometer erros lógicos. (...) Bom humor é um sinal de que as coisas estão indo bem de modo geral, o ambiente está seguro e não há problema em manter a guarda baixa. (...) O conforto cognitivo é tanto uma causa como uma consequência de uma sensação agradável.


82 - Essa reação de sorrir diante da coerência aparece em indivíduos que não recebem informação alguma sobre associações comuns; eles são meramente apresentados a uma trinca de palavras arranjada verticalmente e instruídos a pressionar a barra de espaço depois de a terem lido. A impressão de conforto cognitivo que vem com a apresentação de uma trinca coerente parece ser moderadamente prazerosa em si mesma.



Pgs. 55-59


"CAPÍTULO 6: "NORMAS, SURPRESAS E CAUSAS"


83 - Familiaridade (Sistema 1) pode se contrapor a probabilidade (Sistema 2). Conta o caso do colega psicólogo Jon, que apareceu, do nada, no mesmo lugar que ele numa viagem ao exterior. Tempos depois, em outra viagem do tipo, novamente Jon é um teatro. ...primeiro, essa era uma coincidência mais notável do que o primeiro encontro; segundo, ficamos nitidamente menos surpresos de encontrar Jon na segunda ocasião do que na primeira. Evidentemente, o primeiro encontro mudara de alguma maneira a ideia de Jon em nossas mentes. Ele era agora “o psicólogo que aparece quando viajamos ao exterior”. Nós (o Sistema 2) sabíamos que a ideia era ridícula, mas nosso Sistema 1 havia feito parecer quase normal encontrar Jon em lugares estranhos. Teríamos ficado muito mais surpresos se tivéssemos encontrado qualquer outro conhecido que não fosse Jon na poltrona ao lado da nossa em um teatro londrino. 


84 - ...Em uma noite de domingo, há alguns anos, íamos de Nova York a Princeton, como vínhamos fazendo toda semana por um longo tempo. No caminho, vimos uma cena incomum: um carro pegando fogo na beira da estrada. Quando passamos pelo mesmo trecho de estrada no domingo seguinte, outro carro estava pegando fogo ali. Mais uma vez, percebemos ter ficado nitidamente menos surpresos na segunda ocasião do que ficáramos na primeira. Aquele era agora “o lugar onde carros pegam fogo”.


85 - “Quantos animais de cada espécie Moisés levou na arca?” O número de pessoas que detecta o que está errado com essa pergunta é tão pequeno que ela já foi batizada de “a ilusão de Moisés”. Moisés não levou nenhum animal na arca; foi Noé quem fez isso. Como o incidente do tomador de sopa estremecendo, a ilusão de Moisés é prontamente explicada pela teoria da norma. A ideia de animais entrando na arca introduz o contexto bíblico, e Moisés não é anormal nesse contexto.


86 - Estranhamentos engraçados revelam o poder da "norma": ...quando uma voz britânica aristocrática diz “Tenho uma enorme tatuagem nas minhas costas”. (...) Quando menciono uma mesa, sem entrar em mais detalhes, você compreende que me refiro a uma mesa normal. Sabe com segurança que sua superfície é aproximadamente nivelada e que o objeto tem bem menos do que 25 pernas. Temos normas para uma vasta quantidade de categorias, e essas normas fornecem o pano de fundo para a detecção imediata de anomalias como homens grávidos e aristocratas tatuados.


87 - Entra no tema causalidade: Uma história em "A lógica do cisne negro" de Nassim Taleb ilustra essa busca automática pela causalidade. Ele relata que os preços das apólices inicialmente subiram no dia em que Saddam Hussein foi capturado em seu esconderijo no Iraque. Os investidores estavam aparentemente procurando ativos mais seguros naquela manhã, e o serviço de notícias Bloomberg estampou a manchete: TÍTULOS DO TESOURO AMERICANO SOBEM; CAPTURA DE HUSSEIN PODE NÃO CONTER O TERRORISMO. Meia hora mais tarde, os preços das apólices caíram e a manchete revisada dizia: TÍTULOS DO TESOURO AMERICANO CAEM; CAPTURA DE HUSSEIN IMPULSIONA APELOS POR ATIVOS DE RISCO. Obviamente, a captura de Hussein era o principal evento do dia, e devido ao modo como a busca automática de causas molda nosso pensamento, esse evento estava destinado a ser a explicação de qualquer coisa que porventura acontecesse no mercado nesse dia. As duas manchetes parecem, superficialmente, constituir explicações do que aconteceu com o mercado, mas uma declaração capaz de explicar dois resultados contraditórios não explica coisa alguma


88 - Uma outra lição deste breve capítulo é meio que esta aqui: “Ela não consegue aceitar que foi simplesmente azarada; necessita de uma história causal. Vai acabar pensando que alguém sabotou intencionalmente seu trabalho.”



Pgs. 60-66


"CAPÍTULO 7: "UMA MÁQUINA DE TIRAR CONCLUSÕES PRECIPITADAS"


89 - Economia da mente: Tirar conclusões precipitadas é eficaz se há grande probabilidade de que as conclusões estejam corretas e se o custo de um ocasional erro for aceitável, e se o “pulo” poupa grande tempo e esforço.



90 - Acima foi um exemplo de conclusão precipitada. A forma é ambígua, mas você tira uma conclusão precipitada sobre sua identidade e não toma consciência da ambiguidade que foi resolvida. No caso, se olhar bem, verá que o "B" e o "13" são a mesma forma. Foi o contexto que fez a mente diferenciar. O aspecto mais importante dos dois exemplos é que uma escolha definida foi feita, mas você não sabia disso. Apenas uma interpretação veio à mente, e você nunca teve consciência da ambiguidade. (...) Incerteza e dúvida são o domínio do Sistema 2.


91 - Experimento com sentenças falsas e verdadeiras enquanto tinham que memorizar dígitos (tarefa concomitante, ao que entendi):  A perturbação do Sistema 2 tinha um efeito seletivo: tornava difícil às pessoas “desacreditar” de sentenças falsas. Em um teste de memória posterior, os participantes esgotados acabavam pensando que muitas das falsas sentenças eram verdadeiras. A moral é significativa: quando o Sistema 2 está mais empenhado em tudo, somos capazes de acreditar em quase qualquer coisa. O Sistema 1 é crédulo e propenso a acreditar, o Sistema 2 é encarregado de duvidar e descrer, mas o Sistema 2 às vezes acha-se ocupado, e muitas vezes é preguiçoso. Na verdade, a evidência mostra que as pessoas têm maior probabilidade de serem influenciadas por mensagens vazias persuasivas, como comerciais, quando estão cansadas e esgotadas.


92 - As operações da memória associativa contribuem para um viés de confirmação (confirmation bias) geral. Quando você ouve a pergunta, “Sam é amistoso?”, virão à sua mente mais exemplos diferentes do comportamento de Sam do que se lhe tivesse sido perguntado “Sam é inamistoso?” Uma busca deliberada por evidência confirmadora, conhecida como estratégia de teste de positivo (positive test strategy), é também o modo como o Sistema 2 testa uma hipótese. Contrariamente às regras dos filósofos da ciência, que aconselham testar hipóteses tentando refutá-las, as pessoas (e os cientistas, muitas vezes) buscam dados que tenham maior probabilidade de se mostrarem compatíveis com as crenças que possuem no momento.


93 - Exemplifica o famoso efeito halo: Se você gosta da política do presidente, provavelmente gosta da voz dele e também de sua aparência. Além disso, você começa a esperar quase tudo de bom da pessoa. Ela é bonita, gosto dela, então deve ser inteligente também e etc.


94 - Em um eterno clássico da psicologia, Solomon Asch apresentou características de duas pessoas e pediu comentários sobre suas personalidades. "O que você acha de Alan e Ben?"

Alan: inteligente—esforçado—impulsivo—crítico—obstinado—invejoso

Ben: invejoso—obstinado—crítico—impulsivo—esforçado—inteligente

Se você é como a maioria de nós, viu Alan muito mais favoravelmente que Ben. Os traços iniciais na lista mudam o próprio significado dos traços que aparecem depois. A obstinação de uma pessoa inteligente é vista como aparentemente justificável e talvez até merecedora de respeito, mas a inteligência em uma pessoa invejosa e obstinada a torna ainda mais perigosa. (...) A sequência em que observamos características de uma pessoa muitas vezes é determinada pelo acaso. A sequência importa, contudo, porque o efeito halo aumenta o peso das primeiras impressões, às vezes a tal ponto que a informação subsequente é em grande parte desperdiçada.


95 - Kahneman até mudou a forma de dar notas aos alunos. Lia todas as primeiras respostas de todos (e escrevia atrás)... Depois a segunda... A terceira... E por aí vai. (...) Minhas notas para as questões dissertativas de cada aluno muitas vezes variavam numa margem considerável. A falta de coerência me deixou inseguro e frustrado.


96 - Quantas moedas há em um pote? Individualmente, a maioria vai muito mal. Porém, a média - de tanto erro - sai curiosamente precisa, desde que os erros estejam não-correlacionados. Permitir que os observadores influenciem uns aos outros reduz efetivamente o tamanho da amostra, e com isso a precisão da estimativa de grupo. Outra questão parecida: Para extrair a informação mais útil de múltiplas fontes de evidência, deve-se sempre tentar tornar essas fontes independentes umas das outras. Essa regra é parte do procedimento policial adequado


97 - ...Reuniões: Uma regra simples pode ajudar: antes que uma questão seja discutida, deve-se cobrar de todos os participantes que escrevam um breve resumo de sua posição. Esse procedimento faz bom uso do valor da diversidade de conhecimento e opinião no grupo. A prática padronizada de discussão aberta dá muito peso às opiniões dos que falam primeiro e de modo assertivo, levando os demais a ir atrás do que disseram.


98 - Quando a informação é escassa, o que é uma ocorrência comum, o Sistema 1 opera como uma máquina tirando conclusões precipitadas. Considere o seguinte: “Mindik será uma boa líder? Ela é inteligente e forte…” Uma resposta rapidamente veio à sua mente, e a resposta foi sim. Você escolheu a melhor resposta baseado na informação muito limitada disponível, mas saiu correndo antes de ouvir o tiro de largada. E se os dois adjetivos que viessem a seguir fossem corrupta e cruel? (...) O Sistema 1 é radicalmente insensível tanto à qualidade como à quantidade da informação que origina as impressões e intuições.


99 - Os dois lados e a "evidência unilateral": . Na verdade, você muitas vezes vai descobrir que saber pouco torna mais fácil ajustar tudo que você sabe em um padrão coerente. ...facilita a conquista de coerência e do conforto cognitivo que nos leva a aceitar uma afirmação como verdadeira.


100 - "Superconfiança": a confiança que os indivíduos depositam em suas crenças depende principalmente da qualidade da narrativa que podem contar acerca do que veem, mesmo se veem pouco.


101 - "Efeitos de enquadramento": é dizer “as chances de sobreviver um mês após a cirurgia são de 90%” em vez de “mortalidade no período de um mês após a cirurgia é de 10%”


102 - Por fim... Negligência com a taxa-base (base-rate neglect): Lembrem-se de Steve, o sujeito dócil e organizado que as pessoas normalmente pensam ser um bibliotecário. A descrição de personalidade é proeminente e vívida e embora você certamente saiba que há mais fazendeiros do sexo masculino que bibliotecários do sexo masculino, esse fato estatístico quase certamente não veio à sua mente quando você inicialmente considerou a questão. O que você viu era tudo que havia.


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