Livro: Kupfer e Hasenclever - Economia Industrial (2013) - Capítulos 7 e 8
Livro: David Kupfer e Lia Hasenclever - Economia Industrial (2013)
Pgs. 95-105
"CAPÍTULO 7: "Barreiras Estruturais à Entrada (David Kupfer)"
100 - "Mistérios": Estudos empíricos ... revelam que raramente grau de concentração e economias de escala são suficientes para explicar a estrutura industrial. O tamanho mínimo econômico (ou EME – escala mínima eficiente – ver Capítulo 3) quase nunca supera a casa de 10% do tamanho do mercado assim como o crescimento dos custos médios de produção de fábricas com escalas subótimas geralmente é de pequena monta.
101 - A partir do trabalho pioneiro de Joe S. Bain nas décadas de 1940 e 1950, ganhou corpo nas teorias de Economia Industrial a ideia de que o principal fator na determinação dos preços e da lucratividade em uma indústria está relacionado à facilidade ou à dificuldade que as empresas estabelecidas encontram para impedir a entrada de novas empresas, isto é, a existência ou não de barreiras à entrada na indústria.
102 - Associa a equalização dos lucros ao pensamento econômico clássico: ...A migração intersetorial dos capitais cessaria apenas quando as taxas de lucros se igualassem em todas as indústrias. Isso tudo em razão da mobilidade de capital gerar "concorrência potencial".
103 - Stigler: Existe barreira à entrada em uma indústria se há custos incorridos pelas empresas entrantes que não foram desembolsados pelas empresas estabelecidas quando iniciaram a operação. Já para Gilbert seria a "vantagem da existência", simplesmente por ter sido a primeira empresa a se mover (não sei se ele está pensando em consolidação da marca ou o quê).
104 - O modelo conceitual do Preço Limite imagina uma entrante que não pode se dar ao luxo de iniciar operando no prejuízo. Está indo porque está vendo oportunidade de lucro econômico. Para as empresas estabelecidas, uma possibilidade sempre à mão para prevenir entradas é fixar o preço no nível competitivo. Nesse caso, não haverá entrada simplesmente devido a ausências de incentivos. Porém, fazer isso desde o início anularia a vantagem do lucro econômico. A solução parece ser uma espécie de meio-termo: Se as empresas estabelecidas têm alguma vantagem competitiva em relação à empresa entrante, existe uma faixa de preços tal que é possível a elas obterem lucros positivos – mesmo que não os máximos possíveis no primeiro período – ao mesmo tempo em que nenhuma entrada seja incentivada. O valor superior dessa faixa é conhecido como preço limite. A adoção do preço limite torna possível às empresas estabelecidas auferirem um certo nível de lucros de forma permanente (isto é, no primeiro e no segundo períodos). Quando tal meio-termo é adotado? A condição para que essa opção seja preferida é que o lucro acumulado nos dois períodos proporcionado pela adoção do preço limite seja superior ao lucro máximo possível no primeiro período (e nulos no segundo).
105 - ...Há outras situações. Entrada bloqueada: É a situação na qual as vantagens competitivas das empresas estabelecidas são tão grandes que mesmo o preço de maximização dos lucros no primeiro período é inferior ao preço limite. Nesse caso, o preço de maximização do primeiro período está dentro da faixa de preços que não incentiva entradas e, portanto, as empresas existentes irão manter esses lucros permanentemente.
106 - Quando o custo médio de longo prazo das empresas entrantes é superior ao das empresas estabelecidas em qualquer nível de produção de um bem homogêneo dizemos que essas últimas detêm vantagens absolutas de custos. (...) De modo geral, as vantagens de custos para as empresas estabelecidas surgem como reflexo de (1) melhores condições de acesso a fatores de produção, principalmente tecnologia e recursos humanos e naturais; (2) acumulação de economias dinâmicas de aprendizado; ou ainda (3) imperfeições nos mercados de fatores. Um exemplo de (1) são as patentes.
107 - ...O acesso a matérias-primas também pode ser mais favorável para empresas já estabelecidas em determinadas circunstâncias de funcionamento desses mercados. Isso tende a ser particularmente frequente no caso do abastecimento de recursos naturais no qual é provável que as empresas existentes já explorem as reservas de melhor relação custo-qualidade, deixando para as empresas entrantes fontes de matérias-primas com custos maiores de exploração ou transporte ou ainda de menor qualidade. Analogamente, é de se esperar que, se os recursos humanos de maior qualificação são escassos, esses já tenham sido contratados pelas empresas em operação, impondo às empresas entrantes despesas elevadas em treinamento de pessoal ou a necessidade de pagar salários mais altos para atrair a mão de obra já empregada. (...) Finalmente, o acesso ao capital também tende a se dar de forma mais favorável para empresas já existentes. Em vista de imperfeições dos mercados de capitais, que normalmente não conseguem avaliar riscos com exatidão, o financiamento a empresas já constituídas, que podem oferecer garantias reais, é concedido a taxas de juros inferiores ou prazos mais longos que para novos projetos. Em vista disso, os encargos financeiros tendem a ser maiores, pressionando os custos das empresas entrantes. A empresa pode, inclusive, querer exercer posição de controle nos mercados de insumo visando barrar entrantes.
108 - Sobre a existência de economias de escala significativas, alguns defendem que é uma barreira relevante que justifica a eficácia da "consolidada" usar preço-limite, levando a entrante a operar em escala subótima. Em uma segunda hipótese, mais realista, a empresa potencial decide entrar com a escala mínima eficiente. Nesse caso, poderá ou não haver excesso de capacidade produtiva na indústria, sendo necessário formular hipóteses adicionais a respeito da reação das empresas estabelecidas. É exatamente nesse ponto que a controvérsia ganha seus contornos mais nítidos.
109 - ...Se a entrante pode operar na escala eficiente, resta às estabelecidas a decisão de atuar com "não resposta em quantidade" (Ou seja, não diminuir a quantidade, levando a uma espécie de superprodução e podendo perder até mais que o "prêmio do preço", digamos assim). Outra opção comportamental possível para as empresas existentes é a “não resposta em preço”. Nessa hipótese, as empresas estabelecidas optam por contrair o nível de produção para manter a oferta total nos níveis pré-entrada, promovendo, assim, a acomodação da capacidade adicional introduzida pela empresa entrante no mercado. Há os que defendam esse comportamento como o mais plausível, uma vez que a manutenção da quantidade significaria uma guerra de preços que imporia perdas também para as empresas existentes, ao passo que a acomodação poderia lhes propiciar ainda algum nível de lucratividade pós-entrada. Os possíveis problemas dessa última escolha? ...venderão quantidades menores e ainda enfrentarão um acréscimo de custos por passarem a operar mais próximo ou mesmo abaixo da escala mínima eficiente. Finalmente, o comportamento acomodativo poderá ainda estimular novas entradas na indústria, agravando as perdas iniciais sofridas pelas empresas estabelecidas. É o ônus de não ir à guerra.
110 - É fácil perceber que o aprofundamento dessa questão vai além dos limites do enfoque estrutural do problema da entrada. A pura existência de economias de escala não impõe à empresa entrante qualquer custo que a empresa existente não tenha incorrido quando iniciou operação. Por essa razão, J. Stigler e seguidores rejeitam a possibilidade de que existam barreiras à entrada por esse motivo. Se não há qualquer assimetria de custos entre empresas recém-entrantes e empresas estabelecidas, não há razão para a empresa entrante acreditar que ocorra realmente uma guerra de preços após a entrada. (Pra mim, isso parece um otimismo exagerado de Stigler. E o risco envolvido? Há um preço...)
111 - Passa a análise da diferenciação de produtos, já que lealdade dos consumidores pode significar a mais forte barreira à entrada. ...as empresas entrantes têm forçosamente que vender a preços mais baixos para deslocar preferências estabelecidas ou incorrer em gastos superiores de publicidade para divulgar a nova marca. Custo - incerto, eu diria - de penetração no mercado. Enfim, seja como for, a estabelecida tem vantagem.
112 - Dilema: De um lado, há a possibilidade de que existam economias de escala importantes no que se refere ao esforço de venda, em particular, quando baseado em propaganda. De outro, é também esperado que o processo de conquista de novos consumidores enfrente dificuldades crescentes. A escala da entrada irá afetar o grau de barreira à entrada em uma ou outra direção, dependendo de qual efeito será predominante. (...) Mais uma vez, a eficácia do impedimento à entrada baseada em diferenciação de produtos é reduzida ou anulada quando a empresa entrante é uma subsidiária de uma empresa que detém produtos ou marcas conceituadas em mercados de outros produtos (empresas em diversificação) ou regiões (empresas transnacionais). Nessas situações ocorre um fenômeno conhecido como “transbordamento” (spill-over), pelo qual há a transferência da credibilidade da empresa do mercado original para o novo mercado.
113 - ...Finalmente, se não houver necessidade de deslocar preferências dos consumidores, isto é, se o esforço de venda da empresa entrante for equivalente ao realizado pelas empresas estabelecidas quando estas iniciaram operação, não haverá assimetria de custos e, portanto, não é de esperar que haja impedimento à entrada de acordo com a definição de Stigler.
114 - Sobre outra possível barreira... E imperfeições no mercado de capitais? ...se essas imperfeições existem, elas irão implicar diferenciais absolutos de custos: do ângulo estrutural, barreiras de capital seriam tão somente um caso particular das barreiras de custos (financeiros, nesse caso) já discutidos anteriormente, e não uma fonte própria de impedimento à entrada na indústria. Um grande problema é que essas tentativas geram custos irrecuperáveis, por vezes. Barreiras à saída. Logo, tem que vingar. (Mais uma vez vejo risco aqui a não ser desprezado).
115 - Os modelos de "contestabilidade" querem justamente valorizar mais essa questão das barreiras à saída, ao que entendi. ...o importante nas teorias de mercados contestáveis é a concorrência definida pela existência ou não de custos irrecuperáveis significativos para a empresa entrante. A total mobilidade ocorreria em mercados sem os dois tipos de barreira. Ou seja, mesmo um monopólio natural poderia presenciar guerras de preço, pois assimetrias na entrada e custos irrecuperáveis não existiriam (premissa). No cenário contrário, o mercado tende a uma determinado "equilíbrio": ...uma configuração industrial é factível quando todas as empresas da indústria atendem a totalidade da demanda sem incorrer em prejuízo, o que depende somente da extensão do mercado, da técnica e dos preços dos fatores
116 - Na conclusão do capítulo, critica-se o atual estágio teórico das teorias das barreiras, pois falta dinamismo. A decisão de entrada é enfocada como dependente de uma expectativa de obtenção de lucros imediatamente após a entrada. Além disso, supõe que a demanda é dada, ao passo que a taxa de crescimento da demanda é forte determinante do grau de barreira à entrada na indústria. Quanto mais dinâmica a demanda, mais fracas tendem a ser as possibilidades de impedimento à entrada. Finalmente, falta uma reflexão mais aprofundada sobre as barreiras à saída.
117 - ...São muitos os elementos que influem na decisão de investimento da empresa entrante. As rendas presentes auferidas pelos ocupantes do mercado, o grau de barreira à entrada estática ou estrutural, as reações à entrada das empresas existentes, o comportamento provável dos outros membros da fila de empresas entrantes, os recursos relevantes já detidos pelos entrantes e a magnitude dos custos irreversíveis de reunir informações e decidir. Esses elementos variam de indústria para indústria e de tempo para tempo, implicando grande dificuldade de estabelecer princípios gerais sobre o problema da entrada.
Pgs. 106-116
"CAPÍTULO 8: "Estrutura de Mercado e Inovação (Lia Hasenclever e Patrícia Moura Ferreira)"
118 - Mercado e Estado: Além da empresa e de suas atividades de P&D, o conjunto de instituições que contribui para a inovação e a ligação entre elas compreende o que o autor B.A. Lundvall chamou sistema de inovação nacional. Entre essas instituições estão as universidades, institutos públicos de pesquisa, agências públicas e privadas de fomento ao investimento em inovação e sistema educacional.
119 - O ciclo de inovação pode ser dividido em três estágios: invenção, inovação e imitação ou difusão. Nem toda invenção vira inovação, porém. Ao que entendi, são só as de sucesso/aplicabilidade comercial. Até patentes ficam pelo caminho. Há outros conceitos: A introdução de uma inovação associada a um processo de invenção dá origem ao que se denomina inovação radical e o processo de imitação com introdução de melhorias é denominado introdução de inovação incremental.
120 - Os diferentes modelos: O primeiro deles deriva-se da tradição neoclássica e foi formulado, em 1962, por Kenneth Arrow. É comumente conhecido como modelo de incitação e foi concebido para duas formas opostas de concorrência: concorrência pura e monopólio, tendo sido posteriormente modificado para o estudo de várias formas de concorrência por P. Dasgupta e J. Stiglitz, em 1980. O segundo modelo denomina-se modelo de seleção e segue a tradição evolucionista iniciada por E. Penrose e A. A. Alchian, nos anos 1950, retomada por Sidney Winter por volta dos anos 1960 e, finalmente, consolidada por este autor em conjunto com Richard Nelson nos anos 1980
121 - P & D = alto risco e incerteza. Arrow mostra que o monopólio já garante à empresa um sobrelucro derivado da própria situação de poder de mercado da empresa e, dessa forma, será necessário que a inovação permita uma redução de custos substancial para que o empresário esteja motivado a investir em P&D. Por outro lado, a empresa atuando em um mercado concorrencial e sem poder de fixar preços só tem uma forma de ampliar a sua margem de lucros, que é introduzir inovações permanentemente, ainda que seja recompensada com margens de lucros que irão se erodir rapidamente pela entrada de novas empresas imitadoras.
122 - Modelo Dasgupta-Stiglitz: ...a P&D é vista como uma variável estratégica que permite à empresa inovar e logo produzir mais eficientemente. Essa vantagem estratégica tem um papel na contenção dos entrantes potenciais, constituindo-se em uma barreira à entrada. (No mais, joga formalizações disso sem nem explicar direito o que pretende. Zero interesse despertado). A conclusão, porém (eu não conseguindo participar desse debate), é curiosa: Tal proposição admite finalmente que quando nos afastamos de uma configuração próxima da concorrência perfeita, a taxa de inovação cresce. Isso remete às duas chamadas hipóteses schumpeterianas, negando a hipótese de Arrow vista anteriormente.
123 - Aqui pelo menos ele explicou de forma um pouco melhor o dilema: Se estivermos diante da presença de rendimentos de escala crescentes, uma só empresa monopoliza o mercado. A solução do problema de maximização de lucros indica que a intensidade de pesquisa ótima será igual a "a" (mesmo que ela seja igual a "a/1a" no caso de uma estrutura oligopolista com entrada livre). Os investimentos em P&D são, portanto, menores que sob o regime de oligopólio com entrada livre; por outro lado, não pode haver desperdício devido à duplicação de esforços de P&D que caracterizam o modelo de concorrência. Em uma situação de monopólio, prevemos uma forte taxa de inovação (em oposição ao caso concorrencial em que existe muito investimento em P&D para pouca inovação).
124 - Os modelos de seleção têm outro enfoque: As empresas que inovam e que não são rapidamente imitadas ou as empresas que imitam rapidamente podem em geral dominar a indústria. O modelo leva em conta dois tipos de comportamentos típicos das empresas: as políticas voltadas para a inovação e para a imitação. (...) As empresas ao se engajarem em uma estratégia de P&D não sabem ex-ante se vão ou não ser bem-sucedidas; elas não conhecem o nível apropriado de P&D inovativo ou imitativo. Existe um processo de aprendizagem que exclui uma estratégia clássica de busca de um equilíbrio. Somente o curso dos acontecimentos é que revelará se a estratégia foi ou não bem-sucedida. (Depois vem uma formalização chata do modelo, buscando sei lá o quê, cujas conclusões entendo menos ainda).
125 - Fim das contas, já perto do fim do capítulo, continua a pergunta: qual estrutura é melhor para P & D? Essa questão, que dominou a matéria Economia Industrial durante a década de 1960, é originária da denominada hipótese schumpeteriana que associa uma maior intensidade de inovação às grandes empresas. Em oposição, o quadro de análise neoclássica, como visto anteriormente, considera que o regime de concorrência, ou seja, em indústrias nas quais predominam as pequenas e médias empresas, promove mais adequadamente a inovação tecnológica, como pudemos inferir das predições do modelo de incitação anterior. Além disso, algumas vantagens estruturais são apontadas em favor da inovação nas pequenas e médias empresas: organização menos burocratizada, maior motivação para a criatividade e maior disposição para dividir o mercado.
126 - ...Várias hipóteses foram utilizadas nesses estudos empíricos para justificar essa proposição do efeito positivo do tamanho da empresa ou do grau de concentração do mercado na atividade de inovação. Entre as principais destacam-se: as imperfeições do mercado de capitais, que conferem vantagens para as grandes empresas por permitirem acesso mais fácil a financiamentos para os projetos de P&D, ou o fato de que as grandes empresas dispõem de recursos próprios; a existência de economias de escala na tecnologia, decorrentes da indivisibilidade de alguns equipamentos de P&D; os elevados custos fixos da inovação que podem ser compensados quando o inovador pode dividir por um maior volume de vendas; a complementaridade com outros ativos nas grandes empresas que permite aumentar a produtividade das atividades de P&D; e, finalmente, as empresas maiores e mais diversificadas estão mais bem posicionadas para explorar os resultados incertos das atividades de P&D pelo fato de atuarem em um escopo mais amplo de mercados. Contra-argumento? Deseconomias de escala causadas por perda do controle gerencial, com maior burocratização/engessamento.
127 - Traz modelo (figura abaixo) de analise de P & D, mas já antecipando as críticas ao mesmo. O modelo conceitual e os indicadores anteriormente enunciados, entretanto, apresentam algumas limitações, principalmente decorrentes do fato de que o Manual Frascati apenas registra as atividades de P&D que são realizadas de forma organizada e contínua. Às vezes há evolução tecnológica por pesquisa básica universitária... Nem todo "output" é patente (há também segredo industrial etc.) etc. Mais à frente, dirá: Por essas razões que foi concebido um novo Manual, o Manual de Oslo (1992) para orientar as pesquisas nacionais sobre inovação.
128 - Menciona vários resultados empíricos relacionado P&D e tamanho da empresa e/ou concentração: Nem vou anotar porque achei uma bagunça. Basicamente não há qualquer consenso, exceto o de que há muitas especificidades de cada setor: Apesar dos resultados divergentes, esses estudos concordam que a relação entre inovação e concentração depende de características específicas de cada indústria. (...) Assim, percebe-se que uma avaliação mais apropriada das hipóteses schumpeterianas deve considerar um modelo mais completo de determinação de progresso tecnológico.
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