Livro: João Bernardo - Marx Crítico de Marx II - Capítulo 16

                

Livro: João Bernardo - Marx Crítico de Marx - Volume Dois


Pgs. 134-157:


"CAPÍTULO 16: "A concorrência. Crítica da 'lei da oferta e da procura' e apresentação de um modelo: possibilidades de produção/possibilidade de realização"


39 - Não faço ideia do que ele quer dizer com "Marx pressupõe a igualdade entre as empresas" (algo assim). Portanto, nada nas primeiras páginas deste capítulo fez muito sentido para mim.


40 - Basicamente lembra que a circulação e informação não são perfeitas, mesmo que os preços estejam tentando avisar a coisa, digamos assim. Critica que os capitalistas usem sempre a terminologia "custos de produção" para essa questão, de modo a quererem sugerir um "equilíbrio" na coisa da oferta e demanda. Traz a crítica de Keynes de que a economia ortodoxa desconsidera a confiança, dúvidas e saldos inativos.


41 - Acrescenta que a oferta tende a ser mais rígida que a demanda. 


42 - Chama "valores" a capacidade de compra dos consumidores.


43 - Um aumento da procura pode não levar a um correspondente aumenta da oferta. Longe disso. Pode ser que seja interpretada, a maior demanda, como provisória. Pode ser que, mesmo permanente, exija tão desproporcional gasto em ampliação para produzir só um pouco mais que a coisa toda não compense. Enfim, depende dos fatores concretos. A elasticidade da coisa toda. E mesmo quando se decida ampliar a oferta, pode-se levar um bom tempo para isso, criando um defasamento significativo. 


44 - O resumo dele é: sempre haverá certa quantidade de mais-valia não realizada. Os atritos no processo pretensamente automático da oferta e demanda são significativos. Expectativas e informações mudam muita coisa.


45 - JB crê que as crises econômicas têm muito a ver com os ciclos tecnológicos. Há um crescimento geralmente constante (apesar de nas empresas individuais a coisa se dar em ritmo diferente: surtos de inovação seguidos de períodos maiores de estagnação) por vezes abalado por um cenário de estagnação tecnológica mais geral. Crescimento econômico com tecnologia estagnada é uma bomba-relógio. Crise e inflação esperam.


46 - JB faz observação "natural", mas interessante. Na era do capitalismo mais "descoordenado", digamos assim, a incerteza era maior. Qualquer sinal de crise, por exemplo, poderia levar a atitudes mais desesperadas, como vender logo ("queima de") o estoque e/ou suspender novas encomendas de insumos ou sei lá o que. Paralisar logo, se possível, os investimentos e etc. A volatilidade geral da economia tendia a ser maior, digamos. Não se sabia com tanta clareza quanto hoje o que está ocorrendo (ou prestes a ocorrer) nas outras unidades produtivas. A mera expectativa de crise poderia tornar a profecia autorrealizável. A vantagem é que a expectativa de recuperação também poderia levar a uma rápida reação na fase seguinte do ciclo econômico. As crises eram "profundíssimas na amplitude e brevíssimas na duração".


47 - O finzinho entendi quase nada que ele quis dizer.


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