Livro: Karl Marx - O Capital, Livro III - Capítulos 11 e 12

                                                  

Livro: Karl Marx - O Capital, Livro III - Capítulos 11 e 12



Pgs. 263-268:



CAPÍTULO 11: "Efeitos das flutuações gerais dos salários sobre os preços de produção"


151 - Simula aumentos de 25% nos salários e o que ocorre nas diversas composições orgânicas do capital. 


152 - ...com relação ao capital de composição social média, o preço de produção da mercadoria permaneceu inalterado. Simplesmente o lucro médio diminuiu, mas preço de produção continuou o mesmo. Se a gente for olhar sob a ótica do "valor": v avançou sobre m.


153 - As outras duas situações: com relação ao capital de composição mais baixa, o preço de produção da mercadoria aumentou, embora não na mesma proporção em que diminuiu o lucro; ... com relação ao capital de composição mais alta, o preço de produção da mercadoria diminuiu, embora tampouco na mesma proporção do lucro. Lucro caiu bem mais que caiu o preço de produção. 


154 - Depois, inverte a hipótese. Salários caem 25%. As consequências serão "ao contrário". Sob novo lucro médio maior, o capital de composição orgânica superior (capital constante acima da média), por exemplo, terá que ter o preço de produção aumentado para que atinja o novo e mais alto lucro médio, que subiu mais que a economia que ele teve com salários. Já nos capitais de baixa composição do capital, teremos queda significativa do preço de produção com aumento de lucro.



Pgs. 269-276:



CAPÍTULO 12: "Adendo"


155 - Importante perceber isto aqui. Uma coisa é o particular e a outra é o geral: ...quando o preço de produção de uma mercadoria varia em consequência de uma mudança na taxa geral de lucro, é possível que seu próprio valor tenha ficado inalterado. Mas uma variação no valor de outras mercadorias deve necessariamente ter ocorrido.


156 - Todas as alterações no preço de produção das mercadorias se reduzem, em última instância, a uma alteração de valor, mas nem todas as alterações no valor das mercadorias têm de se expressar necessariamente numa alteração do preço de produção, já que este não se determina somente pelo valor da mercadoria particular, mas pelo valor total das mercadorias. Portanto, a variação operada na mercadoria A pode se compensar por uma variação contrária operada na mercadoria B, de tal modo que a proporção geral continue a mesma.


157 - Importante para a questão da transformação dos valores em preços de produção: O preço de produção de uma mercadoria, que assim diverge do valor desta última, entra como elemento no preço de custo de outras mercadorias, de maneira que no preço de custo de uma mercadoria já pode haver divergência com relação ao valor dos meios de produção nela consumidos, abstraindo da divergência que possa surgir nela mesma em virtude da diferença entre lucro médio e mais­-valor. (...) Desse modo, é possível que, mesmo no caso de mercadorias produzidas por capitais de composição média, o preço de custo divirja da soma de valor dos elementos dos quais se compõe esse componente de seu preço de produção.


158 - ...Logo após, Marx vai colocar que isso não muda as considerações sobre lucro médio e mais valia. Por outro lado, porque é igual ao lucro médio, o preço de produção é = preço de custo + lucro = k + l = k + m, praticamente equiparado ao valor da mercadoria.


159 - "São os valores que se acham por trás dos preços de produção e que os determinam em última instância".


160 - Cada capitalista é "um acionista da grande empresa coletiva, de cujo lucro total ele participa pro rata à grandeza de sua parcela de capital. (...) O que ocorre é apenas que o capitalista se esquece – ou, antes, não o vê, já que a concorrência não mostra – de que todos esses motivos compensatórios, que os capitalistas exigem uns dos outros no cálculo recíproco dos preços das mercadorias de diferentes ramos de produção, referem­-se meramente ao fato de que todos eles, pro rata a seu capital, detêm iguais direitos ao butim coletivo, ao mais­-valor total."


.

Comentários