Livro: Varian, Hal - Microeconomia (2015) - Parte V
Livro: Varian, Hal - Microeconomia (2015) - Parte V
Pgs. 171-199:
CAPÍTULO 6: "Demanda"
115 - Vai lidar com a estática comparativa. Começa explicando a diferença entre os bens normais e inferiores (aqui, o acréscimo de renda produz uma redução no consumo do bem). Exemplifica com mortadela. Observação: a questão de um bem ser inferior ou não depende do nível de renda que se examina. É bem possível que as pessoas muito pobres consumam mais mortadela com o aumento da renda. Mas, após certo ponto, o consumo de mortadela provavelmente diminuiria à medida que a renda continuasse a crescer.
116 - Podemos unir as cestas demandadas obtidas à medida que deslocamos a reta orçamentária para fora, para traçarmos a curva de renda-consumo. Essa curva mostra as cestas de bens demandadas em diferentes níveis de renda, como ilustra a Figura 6.3A. A curva de renda-consumo é também conhecida como caminho de expansão da renda. Para cada nível m haverá uma escolha ótima. (...) Se mantivermos fixos os preços dos bens 1 e 2 e observarmos como a demanda varia à medida que a renda varia, geraremos uma curva chamada curva de Engel. (6.3B)
117 - Curva de Engel e substitutos perfeitos. Vai depender de quem estiver com preço menor. A curva de indiferença mais alta estará toda nesse bem. A curva de Engel será, assim, reta:
118 - ...Nos complementares perfeitos, será semelhante. A renda gera um deslocamento reto pra cima:
119 - A próxima que ele analisa é a Cobb-Douglas. Nestes casos, a demanda também é função linear e se a renda duplica, a demanda também. Com efeito, a multiplicação de m por qualquer número positivo t acarretará a multiplicação da demanda pelo mesmo fator.
120 - Todas as curvas de renda-consumo e de Engel que vimos até agora têm sido, na verdade, linhas retas! Isso ocorre porque nossos exemplos têm sido muito simples. As verdadeiras curvas de Engel não têm de ser linhas retas. Em geral, quando a renda aumenta, a demanda por um bem pode aumentar com maior ou menor rapidez do que a do aumento da renda. Quando a demanda aumenta em proporção maior do que a renda, dizemos que esse é um bem de luxo; quando a proporção de aumento é menor do que a da renda, diz-se que é um bem necessário. Coloca que a linha divisória é 1 pra 1, tipo as Cobb-Douglas e os demais exemplos acima (substitutos... complementares...). São todos exemplos de "preferências homotéticas". Na prática, representam a minoria dos casos.
121 - ...Quando as preferências do consumidor são homotéticas, as curvas de renda-consumo são sempre retas que passam pela origem.
122 - Preferências quase-lineares (são versões “deslocadas” de uma curva de indiferença): O aumento da renda não altera em nada a demanda pelo bem 1, e toda renda adicional vai inteiramente para o consumo do bem 2. O "efeito renda" é nulo para o bem 1. Coloca que lápis é um bom exemplo desse tipo de preferência.
123 - Passa a falar dos bens de Giffen. O normal é a demanda aumentar quando o preço cai. Preço do bem 1 diminuiu aí embaixo:
124 - ...É raríssimo, mas pode ocorrer o contrário, o Giffen. A diminuição do preço leva um aumento do poder de compra e a pessoa pode mudar sua preferência, pois está "mais rica" (ou menos pobre). Não precisa comprar mais dois litros mingais de farinha a 0.90 e nenhum leite a 1.30. Agora quer um litro de mingau de farinha a 0.50 (observar que o preço desse baixou) e um litro de leite a 1.30. Gasta o mesmo que antes e bebe os mesmos dois litros de algo, mas agora com menos mingau de farinha. Nas palavras de Varian: Embora a renda monetária permaneça constante, uma variação no preço de um bem fará variar o poder aquisitivo e, por extensão, a demanda. Em gráfico também dá pra ver que é possível (em tempo... não sei que milagre Varian não encheu essa parte com alguma matemática supérflua):
125 - Propõe simular a variação de preço apenas do bem 1 (ir girando a reta orçamentária), o que é o mesmo que relacionar "curva de preço-consumo" e "curva de demanda". São dependentes. A curva de renda-consumo está para a curva de Engel como a curva de preço-consumo está para a curva de demanda (!).
126 - ...Logo, a curva de demanda é um gráfico da função de demanda x1 (p1 , p2 , m), em que se mantêm p2 e m fixos em valores predeterminados. Tirando Giffen, o comum é o desenho acima ou próximo dele.
127 - Apresenta a curvas de demanda (relacionada à "preço-consumo") dos substitutos e complementares perfeitos. Vi nada de novo ou relevante.
128 - Bem discreto: A um preço r1zinho, o consumidor será indiferente entre consumir ou não o bem 1. O preço em que o consumidor é exatamente indiferente entre consumir ou não o bem é chamado de preço de reserva. O gráfico é meio confuso e a explicação posterior dele menos clara do que poderia, mas dá pra sacar a ideia geral...
129 - ..."O diagrama deixa claro que o comportamento da demanda pode ser descrito por uma sequência de preços de reserva pelos quais o consumidor está exatamente disposto a comprar outra unidade do bem. A um preço de r1zinho, o consumidor estará disposto a comprar uma unidade do bem; se o preço cair para r2zinho , ele estará disposto a comprar mais uma unidade, e assim por diante."
130 - Após, joga umas equações sobre utilidade que não entendi a utilidade ou objetivo. E nem lembro mais o que significa uma incógnita ou outra, tamanho o desinteresse que me provocam.
131 - Passa a tratar dos substitutos imperfeitos. Em vez de cores de lápis, que tal lápis e caneta? Substitutos imperfeitos. E os bens complementares que não são perfeitos? Os pés direito e esquerdo do par de sapatos são quase sempre consumidos juntos e os sapatos e as meias são geralmente consumidos juntos.
132 - Em termos de taxas de variação, o bem 1 será um substituto do bem 2 se:
133 - ...A ideia é que, quando o bem 2 encarece, o consumidor muda para o bem 1.
134 - ...Entretanto, se a demanda do bem 1 cair quando o preço do bem 2 subir, dizemos que o bem 1 é um complemento do bem 2.
135 - Coloca que, na prática, tudo isso é um tanto mais complexo/sofisticado. Há nuances. Aprendemos apenas os conceitos "brutos". Nas palavra de Varian: "As definições dadas descrevem conceitos conhecidos como substitutos brutos e complementares brutos; elas serão suficientes para atender às nossas necessidades".
136 - Traz o conceito de "função de demanda inversa", que sei lá em que é diferente (na prática): "A função de demanda inversa é a função de demanda que encara o preço como uma função da quantidade. Isto é, para cada nível de demanda do bem 1, a função de demanda inversa mede qual deveria ser o preço do bem 1 para que os consumidores escolhessem esse nível de consumo".
137 - "TMS (TMgS) como a medição da propensão marginal a pagar": p1 = p2.|TMS|. (...) Logo, no nível ótimo de demanda do bem 1, o preço desse bem será proporcional ao valor absoluto da TMS entre o bem 1 e o bem 2.
EXERCÍCIOS E APÊNDICE
138 - Como sempre, algumas questões são meramente abstratas/conceituais/desinteressantes para o que quero. Outras, apesar de abstratas, conseguem ser interessante, pois podem identificar algum equívoco de aprendizado/interpretação. Enfim, de toda forma, sempre leio.
139 - Finalmente entendi 100% a lógica das tais preferências côncavas. Ele deveria ter começada a explicação simplesmente assim, pois é algo ridiculamente simples. Todo o resto vira mera decorrência depois. Era justamente isso que eu achava estranho, não me parecia que tivesse como ser consumido junto. Enfim, P = Se as preferências forem côncavas, o consumidor chegará a consumir ambos os bens juntos?; R = Não. As preferências côncavas só podem gerar cestas de consumo ótimas que envolvam consumo zero de um dos bens.
140 - A pergunta sobre hambúrguer e pãozinho foi uma maluquice. Quem complementa um com outro? Erro de tradução?
141 - O apêndice mais uma vez me parece completamente desinteressante aos meus propósitos.
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