Livro: Mankiw, Gregory - Introdução à Economia (2010) II

       

Livro: Mankiw, Gregory - Introdução à Economia (2010) II


Pgs. 61-94:


21 - Traz um artigo de jornal de Summers em setembro de 2009 dizendo como as ideias keynesianas ajudaram a economia a se recuperar na "falha da mão invisível", temporária para ele, ao que entendi.


22 - Estrutura tributária: Os que defendem a mudança do atual imposto de renda para um imposto sobre o consumo acreditam que a mudança incentivará as famílias a poupar mais porque a renda poupada seria isenta de impostos. Poupanças maiores, por sua vez, liberariam os recursos para o acúmulo de capital e levariam a um rápido crescimento da produtividade e dos padrões de vida. (Contem isso ao Brasil...). ... Os que defendem a tributação sobre a renda corrente acreditam que a poupança das famílias não responderia muito a mudanças nas leis tributárias. (Pois é...).


23 - Interessante a famosa "tabela de proposições" sobre as quais grande maioria dos economistas manifestam concordância:




24 - Meio ambiente e incentivos econômicos (financeirizando o meio ambiente): A emenda implementou um sistema de licenças comercializáveis para a chuva ácida, um programa estimulado pela Defesa Ambiental. De acordo com a lei, as fábricas que conseguirem reduzir as emissões com mais eficiência de custo poderão vender as licenças a outras mais poluidoras. Atualmente, o programa já ultrapassou os objetivos de reduzir o volume de chuva ácida pela metade do que era em 1980, o que é considerado uma evidência de que os mercados poderão ajudar a alcançar objetivos ambientais. (...) O sucesso convenceu os antigos críticos que, na época, argumentavam que a regulamentação ambiental era uma questão de ética, não de economia, e eram a favor da instalação de tecnologia muitocara para a remoção da chuva ácida em todas as fábricas.  


25 - Uma declaração positiva é uma afirmação sobre como o mundo é. Uma declaração normativa é uma declaração sobre como o mundo deveria ser


26 - Obs. do apêndice de gráficos: Para "mantendo tudo mais constante" também é usual a expressão latina ceteris paribus ou coeteris paribus.


27 - Correlações nas "curvas" da vida: Como a quantidade demandada de romances e o preço se movem em direções opostas, dizemos que as duas variáveis estão negativamente relacionadas ou inversamente relacionadas. O aumento de renda anual geraria um deslocamento para a direita de tal curva de demanda.



28 - Qualquer fator externo, não apenas a renda, pode gerar esse deslocamento da curva. Se, por exemplo, a biblioteca pública fechar e Emma precisar comprar todos os livros que quiser ler, ela demandará mais romances a cada preço e sua curva de demanda se deslocará para a direita. Se o preço do ingresso do cinema cair e Emma passar mais tempo assistindo a filmes e menos tempo lendo, ela irá demandar menos romances a cada preço e sua curva de demanda se deslocará para a esquerda. Mas, quando muda uma variável de um dos dois eixos do gráfico, a curva não se desloca. Interpretamos essa mudança como um movimento ao longo da curva.


29 - A inclinação da curva vai nos dizer a sensibilidade a um dos fatores (preço, por exemplo):


Assim...


30 - A letra grega é a variação de uma variável.


31 - Problema das correlações é a possibilidade de causalidade reversa: "poderíamos concluir que A causa B quando, na verdade, B é que causa A". (...) quando um gráfico é usado para dar sustentação a um argumento de causa e efeito, é importante perguntar se os movimentos de alguma variável omitida podem explicar os resultados observados


32 - Dá um bom exemplo: Se pudéssemos realizar um experimento controlado, evitaríamos o perigo da causalidade reversa. Para fazermos tal experimento, determinaríamos aleatoriamente o número de policiais em diferentes cidades e, então, examinaríamos a correlação entre policiamento e criminalidade. A Figura A-7, contudo, não se baseia em um experimento como esse. Ela simplesmente nos permite observar que as cidades mais violentas têm mais policiais. A explicação para isso pode estar no fato de que cidades mais violentas empregam mais policiais. (...) Pode parecer que uma maneira simples de determinar a direção da causalidade seja observar qual das variáveis se move primeiro. Se o crime aumentar e então houver uma expansão da força policial, chegaremos a uma conclusão. Se verificarmos que a força policial se expande e posteriormente a criminalidade aumenta, chegaremos a outra conclusão. Nem sempre isso funciona para aferir, porém, pois há a questão das expectativas: Os casais muitas vezes compram minivans antes do nascimento do bebê. A minivan vem antes da criança, mas isso não nos leva a concluir que a venda desse tipo de veículo cause crescimento populacional.


33 - O próximo capítulo é sobre comércio e fronteiras de possibilidades de produção. Trabalha com o seguinte exemplo (...ilustram um dos Dez Princípios de Economia do Capítulo 1: as pessoas enfrentam tradeoffs. Aqui o agricultor enfrenta um tradeoff entre produzir carne ou batatas): 




34 - Com o comércio, graças à especialização, ambos podem aumentar o consumo sem prejuízo da produção (do ponto de vista estático, tudo isto - vantagem comparativa e tal -, que eu já tinha estudado em outros textos por sinal, é sem falhas): 



35 - A solução foi simples e decorreu da pergunta que envolve custo-oportunidade: em nosso exemplo, quem pode produzir batatas ao menor custo - o agricultor ou a pecuarista? O pecuarista, mais hábil (ou equipado) em tudo, tem vantagem absoluta em ambos, mas relativa/comparativa (aqui entra o custo de oportunidade) apenas da produção de carne. 




36 - Vamos considerar a transação proposta do ponto de vista do agricultor. Ele recebe 5 kg de carne em troca de 15 kg de batatas. Ou seja, compra 1 kg de carne pelo preço de 3 kg de batatas. Esse preço da carne é inferior a seu custo de oportunidade para 1 kg de carne, que é de 4 kg de batatas. Com isso, o agricultor se beneficia com a transação porque obtém carne a um bom preço. (...) Agora vamos considerar o negócio do ponto de vista da pecuarista. Ela compra 15 kg de batatas ao preço de 5 kg de carne. Ou seja, o preço das batatas é de 1/3 kg de carne. Esse preço pelas batatas é inferior a seu custo de oportunidade de 1 kg de batatas, o qual é 1/2 kg de carne. A pecuarista se beneficia porque compra batatas por um bom preço. (...) para que ambas as partes tenham ganhos, o preço da comercialização deve ficar entre os custos de oportunidade. (...)  O preço não precisa estar exatamente no meio para que as duas partes se beneficiem, mas deverá estar entre 2 e 4.


37 - Aplicando isso aos países, conclui que Japão e EUA, por exemplo, podem se beneficiar se o segundo se concentrar um tanto mais na agricultura, já que a produtividade industrial é semelhante. (...)  Da mesma forma, como o custo de oportunidade de uma tonelada de alimentos é de um carro no Japão, mas de apenas 1/2 carro nos Estados Unidos, este país tem uma vantagem comparativa na produção de alimentos. Os Estados Unidos deveriam, assim, produzir mais alimentos do que necessitam para consumo e exportar parte da produção para o Japão.


38 - Toda essa questão do "custo-oportunidade" faz com que jovens chineses estejam se especializando em matar ogros em jogos virtuais para trocar as moedas virtuais por moedas reais com outros que não querem perder tempo com isso (talvez por um custo de oportunidade bem diverso). Vendem moedas e até avatares nos "WoW" (Warcraft) da vida. (Deu no NYT).


39 - Encerrada a parte I do livro.´


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