YT - Lives e Vídeos de Economia - Parte 1
O auxílio emergencial deve continuar?
1 - Live com Gala e o pessoal da IFI.
2 - Salto afirma que o déficit fiscal anual é influenciado também pelo balanço de pagamentos. Políticas do BC. Em contextos de desvalorização (balança de pagamentos "naturalmente" negativa, por tendência de fuga de capital, por exemplo, como em crises...), o BC tende a tentar frear vendendo reserva para o preço (do câmbio e os IGP-M/IPCA da vida) não ir às alturas. Se diexar preço flutuar livremente (100%), aí sim as reservas não cairiam. Onde pararia o câmbio e a inflação, porém? Enfim, ele atua. Para vender esses dólares extra de que "a balança" necessita (pessoal que quer tirar dólar do Brasil), o BC vende os títulos americanos (dólares/reserva) que possui e utiliza esses dólares para comprar real na mãos dos bancos da vida (Bradesco... Itaú) e, portanto, "dar" dólares a eles (já que demandam, a tal pressão na balança de pagamentos que os agentes econômicos estão fazendo no momento). Enfim, trocar dólar por real. Porém, ao fazer isso, além de diminuir a liquidez na economia, ele traz reais para seu balanço interno. O BC quer mesmo diminuir essa liquidez na economia? Esses reais novos (que vieram da venda de dólar) podem ser usados para comprar os títulos públicos da dívida (operações compromissadas) em mãos desses bancos privados, reduzindo a dívida pública ao mesmo tempo em que se volta a injetar liquidez. Assim, o déficit fiscal e consequente aumento da dívida podem ser menores. (Em tese, se não comprasse os títulos públicos, o BC poderia simplesmente repassar os reais ao Tesouro, ajudando o fiscal e a "diminuição do aumento da dívida" mesmo assim? Creio que isso violaria a CF, mas nem sei ao certo. Na prática, não seria tão diferente talvez). (Mas enfim... No "vice-versa" é o mesmo processo com tudo ao contrário, rs)
3 - Crê que o aumento da dívida em 2020 será menos que uns 10% justamente pela redução das reservas, diminuindo assim compromissadas (dívida). Vai aliviar uns 2 ou 3% do aumento dela que seria natural (a "live" é do meio do ano).
4 - Salto indica que, paar o FMI, redução de compromissadas (ao que entendi, mesmo diminuindo a carga fiscal, já que juros remuneram estas...) não seria redução real de dívida. Já que isso vai e volta. Acho que o FMI tem razão, mas não tem, pois, de fato, há um alívio fiscal real em alguma quantidade.
5 - Salto atribui a baixa dos juros ao hiato. Não é estrutural. Voltará com tudo sobre uma base maior, já que o estoque estará bem maior. Manoel Pires concorda. Déficit fiscal muito grande aumenta inevitavelmente a oferta de títulos o que pressiona o preço dos títulos para baixo e necessariamente a taxa dos títulos para cima se a demanda não subir junto. Não tem como escapar do efeito fiscal sobre os juros, portanto. Isso aumenta o gasto com juros e pode gerar um ciclo vicioso na ausência de freio fiscal. A demanda por título - se fosse possível manter preço e taxa de juros congelados e baixos - não seria infinita em relação à oferta. Enfim, refinanciar dívida crescente tende a aumentar os juros. Por que isso não está acontecendo? Manoel Pires crê que é devido a enxurrada de liquidez dos bancos centrais com seus afrouxamentos monetários e QE, que baixaram a taxa de juros mundial criando espaço aqui e jogando dólar por aí. Isso pode não durar pra sempre. Ademais, coloca que a taxa de juro estrutural aqui só baixou em razão da calma trazida pelo teto. Oura razão conjuntural para a baixa é a própria questão do hiato, já mencionada por Salto. Afirma que os juros subiram inicialmente em março porque, em auge de crise, as pessoas querem liquidez (e não ficar compradas em ativos que vão se desvalorizar, como títulos, já que a oferta destes aumentará, por exemplo), pois esperam que a taxa de juros suba, logo, antecipam-se. Controladas as coisas, podem voltar a aportar em títulos, até por medo de queda longa das ações. Ou em ambos.
6 - Crê que é um perigo depender do otimismo dos agentes quanto à dívida e ao quadro fiscal brasileiro. É abrir uma fragilidade. Se endividar por crer que vai crescer, por exemplo, e resolver o fiscal na frente. Se não der certo, só piora o problema.
A Teoria Milkshake do Dólar, você precisa entendê-la
7 - Vídeo Youtube de Fernando Ulrich. A partir de 2015, as políticas monetárias dos EUA e demais desenvolvidos divergiram entre si. Europeus e Japão continuaram comprando ativos e mantendo juros baixos. O dólar, porém, se valorizou em razão da elevação de taxa de juros do FED a partir de 2016. Dólar forte e valorizado. Na crise, também houve demanda por dólar (porto seguro). Enfim, "teoria milk shake" do dólar, sugando a liquidez mundial. Tudo isso inclui ativos em dólar também, claro. Ações americanas e coisas do tipo. Por exemplo, quase 50% da dívida corporativa mundial é em dólar.
8 - A teoria do milkshake crê que isso é um ciclo com elementos que se autorreforçam, digamos. Alta liquidez (momentos de crise) e alta segurança (títulos) se retroalimentam. Compra-se porque se espera que a moeda não vá se desvalorizar mais que as outras. Ulrich crê que os afrouxamentos do FED podem mudar essa tendência.
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