Livro: Ha-Joon Chang - Maus Samaritanos - Capítulo 9 e Epílogo

                                                              

Livro: Ha-Joon Chang - Maus Samaritanos, O Mito Do Livre-Comércio e a História Secreta do Capitalismo



Pgs. 255-278


"CAPÍTULO 9: "JAPONESES PREGUIÇOSOS E ALEMÃES LADRÕES - Algumas culturas seriam incapazes de atingir desenvolvimento econômico?"


177 - Consultor de empresas australiano sobre os trabalhadores japoneses em 1915: "Minha impressão sobre a vantagem do baixo custo de mão-de-obra de seus trabalhadores foi rapidamente desfeita quando vi as pessoas trabalhando. Não tenha dúvida de que eles recebem salários baixos, mas o retorno também é muito baixo; ver seus homens trabalhando me fez perceber que vocês são uma raça lenta, satisfeita e relaxada, para quem o tempo não é motivo de preocupação. Quando falei isso para alguns gestores, eles me disseram que seria impossível mudar os hábitos do que consideravam uma herança nacional"


178 - ...Em seu livro de 1903, Evolution of the Japanese, o missionário americano Sidney Gulick observou que muitos japoneses "dão a impressão de ser preguiçosos e completamente indiferentes no que diz respeito ao passar do tempo". Gulick não era um observador ocasional. Ele morou no Japão por 25 anos (de 1888 a 1913), dominou completamente a língua japonesa e deu aulas em universidades japonesas. (...) No entanto, ele viu ampla confirmação do estereótipo cultural dos japoneses  como pessoas "despreocupadas" e "emocionais" que possuíam qualidades como "um bom coração sem qualquer  ansiedade quanto ao futuro, vivendo exclusivamente presente". O mesmo que se diz hoje dos africanos.


179 -  Após sua viagem pela Ásia entre 1911 e 1912, Beatrice Webb, a famosa líder do socialismo fabiano inglês, descreveu os japoneses como possuidores de "noções questionáveis sobre lazer e uma independência pessoal quase intolerável". Ela disse que, no Japão, "evidentemente não há  desejo de se ensinar as pessoas a pensar". Esculhambou os coreanos também. Não é à toa que ela pensava que, "se alguém pode melhorar o estado atual da barbárie dos coreanos, acho que são os japoneses", a despeito sua opinião bastante depreciativa sobre os japoneses. Isso não era apenas um preconceito do Ocidente contra os povos orientais, os ingleses costumavam falar coisas similares sobre os alemães.


180 - ...De acordo com John Russell, um escritor da década de 1820, os alemães eram pessoas "monótonas, que se contentavam com facilidade... desprovidos de sensibilidade aguçada e de  agilidade de percepção". Em particular, de acordo com Russell, eles não eram abertos a novas idéias: "É difícil um alemão ser levado à compreensão do que é novo para ele, e é difícil levá-los à busca por inovação." Não à toa eles "não se destacavam nos negócios ou atividades empreendedoras", conforme outro viajante inglês registrou


181 - Os viajantes ingleses no início do século XIX também consideravam os alemães desonestos — "o comerciante e o lojista levam vantagem de você sempre que podem, mesmo que seja na menor quantidade possível e imaginária simplesmente para não deixar de levar vantagem... essa velhacaria é universal", observou Sir Arthur Brooke Faulkner, um médico que servia nas Forças Armadas inglesas. Eram "emocionais" e "indolentes". 


182 - As explicações baseadas na cultura para o desenvolvimento econômico eram populares até os anos 60. Mas, na era dos direitos civis e da descolonização, as pessoas começaram a perceber que essas explicações tinham tons de supremacia cultural (se não necessariamente racistas). Como consequência, acabaram perdendo credibilidade. Entretanto, tais explicações têm retornado na última década


183 - Essa eu não sabia rs: Para os ocidentais que se desculpam por se enganar achando que sou um chinês ou um japonês, eu lhes digo ok, porque a maioria dos coreanos chama os ocidentais de "americanos" — uma referência que certamente não agrada aos europeus.


184 - Objeta que nem as religiões são uníssonas. Há católicos "opus dei" e "teologia da libertação", por exemplo. As culturas possuem diversidade interna. Quem é, por exemplo, o brasileiro? Também não existe só um tipo


185 - ...Mesmo em um país como a Coréia, uma das sociedades mais culturalmente homogêneas no mundo, existem diferenças culturais significativas entre as regiões. (...) A animosidade cultural entre as duas regiões da Coréia é tão intensa que algumas famílias não permitem que seus filhos se casem com filhos de famílias da outra região. Chang fala dos estereótipos negativos e positivos de cada região.


186 - A cultura confuciana, apontou-se, enfatiza o trabalho árduo, a educação, a frugalidade, a cooperação e a obediência às autoridades. Parece óbvio que uma cultura que promove a acumulação de capital (com ênfase em educação ) e o capital físico (com ênfase na parcimônia), enquanto promove a cooperação e a disciplina, deve ser boa para o desenvolvimento econômico. (...) Mas, antes do "milagre" econômico do Leste asiático, as pessoas costumavam culpar o confucionismo pelo subdesenvolvimento da região. E estavam certas.  De fato, o confucionismo tem uma série de aspectos que são inimigos do desenvolvimento econômico


187 - Artesões, mercadores, classes voltadas para os negócios e engenharia eram mal vistos pela filosofia confucionista. Até camponeses gozavam de mais prestígio. Acima de tudo, no sistema social tradicional do confucionismo, estavam burocratas eruditos. Eles formavam a classe dominante, junto com os soldados profissionais, que eram a segunda classe n o comando.


188 - O serviço civil habilitava a pessoa a participar da classe dominante. Para tornar a situação ainda pior, o exame para o serviço civil testava apenas as pessoas por seu conhecimento acadêmico do confucionismo clássico, o que tornava a classe dominante desdenhosa  do conhecimento prático. No século XVIII, os políticos confucianos da Coréia massacravam facções rivais numa disputa sobre o período em que o rei deveria ficar de luto após a morte de sua mãe (u m ano ou três anos?). Os burocratas eruditos deveriam viver em "pobreza" (embora, na prática, fosse sempre diferente) e, portanto, eles desprezavam atividades ligadas a ganhar dinheiro.


189 - O confucionismo também desencoraja a criatividade e o empreendedorismo. Enfatiza a hierarquia rígida e lealdade. Também tinham uma postura de desprezo pela lei. Importava seguir a virtude e não se basear em medo de punições. (lembra um pouco a moral kantiana, achei).


190 - O Islã é acusado de ser ruim. Intolerância à diversidade barraria a criatividade e empreendedorismo. Os limites estabelecidos para o que as mulheres podem fazer desperdiça os talentos da metade da população e também piora a qualidade da força de trabalho futura; mães com pouca educação provêem baixa nutrição e pouca ajuda educacional a seus filhos, diminuindo, portanto, suas habilidades na escola. A tendência "militarista" (exemplificada pelo conceito do jihad, ou guerra santa, contra os infiéis) glorifica a ação da guerra, não o dinheiro


191 - ...Porém, se os países fossem ricos, glorificariam a ausência de hierarquias sociais pré-estabelecidas no Islã. E que Maomé valoriza muito o pensamento racional e aprendizado, colocando-o acima da habilidade de guerra (Esse é um dos motivos pelos quais os árabes já lideraram o mundo em termos de matemática, ciência e medicina), por exemplo. Além disso, diferentemente da hierarquia confuciana, não há desdém nas atividades industriais ou de negócios. Muhammad, o profeta, era um mercador. E, por ser a religião dos mercadores, o islamismo tem o senso de contratos altamente desenvolvido — mesmo nas cerimônias de casamento, contratos de casamento são assinados. Essa orientação estimula a lei e a justiça. 


192 - ...Além disso, apesar de haver interpretações conflitantes do Alcorão, não há dúvida de que, na prática, a maioria das sociedades muçulmanas pré-modernas era muito mais tolerante que as sociedades cristãs — acima de tudo, essa é a razão de muitos judeus ibéricos terem escapado para o Império Otomano após a reconquista cristã da Espanha, em 1492.


193 - Resumo da patacoada: Então, nos primórdios do capitalismo, quando a maioria dos países de sucesso econômico era de cristãos protestantes, muitas pessoas argumentavam que o protestantismo era especialmente adaptável ao desenvolvimento econômico. Quando países católicos como França, Itália, Áustria e o sul da Alemanha se desenvolveram rapidamente, em especial após a Segunda Guerra Mundial, o cristianismo, e não o protestantismo, se tornou a cultura mágica. Antes de o Japão se tornar rico, muitas pessoas pensavam que o Leste asiático não havia se desenvolvido por causa do confucionismo. Mas, quando o Japão teve sucesso, essa tese foi reformulada para justificar seu desenvolvimento rápido, por causa de sua forma exclusiva de confucionismo, que enfatiza a cooperação, em vez da edificação individual, versão que os chineses e os coreanos supostamente valorizariam mais. E então Hong Kong, Cingapura, Taiwan e Coréia também passaram a ter bons resultados, de modo que esse julgamento sobre as variedades diferentes de confucionismo foi esquecido. Por sua vez, de repente, o confucionismo em geral se tornou a melhor cultura para o desenvolvimento porque enfatiza o trabalho árduo, a poupança, a educação e a submissão à autoridade. Hoje, quando vemos a Malásia e a Indonésia muçulmana, a Tailândia budista e mesmo a Índia hindu indo bem economicamente, podemos em breve esperar que se encontrem novas teorias que mostrarão como todas essas culturas são especialmente propícias ao desenvolvimento econômico (e como seus autores sabiam disso o tempo todo).


194 - É verdade que existem muito mais pessoas "preguiçando" nos países pobres. Mas será que isso acontece porque essas pessoas culturalmente preferem espreguiçar-se a trabalhar duro? Normalmente não. Isso acontece principalmente porque os países pobres têm muitas pessoas desempregadas ou subempregadas (ou seja, as pessoas podem ter empregos, mas não têm trabalho suficiente para ocupá-las em sua plenitude). Isso resulta de condições econômicas, e não de condições culturais. Quando imigrantes dos países pobres com a cultura da "preguiça" se mudam para os países ricos, observa-se que eles trabalham muito mais pesado que os trabalhadores dos países ricos, o que comprova o fato.


195 - ...Assim como a fama de "desonestidade" dos alemães no passado, quando um país é pobre, as pessoas normalmente recorrem a meios não-éticos, ou mesmo ilegais, para viver.


196 - ..."Viver o dia de hoje" ou ser "despreocupado" — palavras que muitas pessoas associam hoje à África e à América Latina — também são consequências das condições econômicas. Em uma economia que muda vagarosamente, não há muita necessidade de se planejar o futuro. Ademais, por vezes falta crédito, coloca.


197 - Coloca que os coreanos eram famosos pelo atraso de horas. Isso desapareceu. Em outras palavras, a cultura muda com o desenvolvimento econômico. (...) Uma vez que o desenvolvimento econômico comece a acontecer, ele muda o comportamento das pessoas e mesmo as crenças a respeito dele (principalmente a cultura) no sentido de ajudar o processo. Pode-se criar um "círculo virtuoso" entre o desenvolvimento econômico e os valores culturais.


198 - Fukuyama: Quando ele classifica a Alemanha como uma sociedade inerentemente de "grande confiança", também se esquece do fato de que, antes de os alemães se tornarem ricos, muitos estrangeiros achavam que eles estavam trapaceando os outros durante todo o tempo e não conseguiam cooperar entre si.


199 - Ademais... A cultura pode ser mudada deliberadamente pela persuasão. Esse é um ponto corretamente enfatizado pelos culturalistas que não são fatalistas (para os fatalistas, é quase impossível mudar a cultura, então ela é o destino). Mudança de mentalidade sozinha, porém, não funciona muito. Em uma sociedade sem empregos suficientes, pregar o trabalho árduo não será muito eficiente no sentido de se tentar mudar o hábito de trabalho das pessoas. (...) Nas sociedades em que os trabalhadores são mal-tratados, apelos à cooperação cairão em ouvidos moucos, se não cínicos.


200 - É claro que a cultura, com a estagnação econômica, também pode mudar para pior (pelo menos do ponto de vista do desenvolvimento econômico). O mundo muçulmano era racional e tolerante, mas, seguindo séculos de estagnação econômica, muitos países muçulmanos se tornaram ultra-religiosos e intolerantes. Na Malásia foi o contrário. A economia avançou e gerou um islã bem tolerante, com mais mulheres no BC que qualquer ocidental, por exemplo.


201 - Japão leal e ordeiro? Entre 1955 e 1964. o Japão perdeu mais dias por trabalhador em greves do que a Inglaterra e a França, países não tão famosos pelas relações industriais cooperativas naquela época. A cooperação e a lealdade surgiram apenas porque os trabalhadores japoneses receberam instituições como emprego vitalício e esquemas de bem-estar das empresas.


202 - Suécia cooperativa? ....a Suécia tinha um problema terrível em suas relações de trabalho. Nos anos 20, ela perdeu mais horas-homem por trabalhador por causa de greves do que qualquer outro país. Mas, após o compromisso "corporativista" dos anos 30 (o Acordo Saltjöbaden de 1938), tudo mudou. Para os trabalhadores que contivessem suas demandas por salários e atividades de greve, os capitalistas do país distribuíam um Estado de bem-estar generoso combinado com bons programas de retreinamento


203 - A Coréia só começou a atrair mão-de-obra pra engenharia quando realmente teve um programa de industrialização acelerada.


204 - Posição de Chang é parcialmente contra os "culturalistas otimistas", digamos assim (e totalmente contra os fatalistas): ..."O subdesenvolvimento é um estado de espírito", eles declaram. Para eles, então, a solução óbvia para o subdesenvolvimento é mudar o modo como as pessoas pensam por meio da mudança ideológica. Não nego que esse exercício possa ser útil, ou mesmo importante em determinados casos, para a mudança de cultura. Mas a "revolução cultural" não se enraizará caso não haja mudanças complementares na estrutura econômica e nas instituições subjacentes.


205 - ...Não devemos nos esquecer de que a cultura não pode ser reinventada como quisermos — a falha na tentativa de se criar o "novo homem" no comunismo é uma boa prova disso. O "reformador" cultural ainda tem de trabalhar com as atitudes culturais e os símbolos existentes.


206 - Ainda sobre a "cultura": Ela afeta o desenvolvimento econômico, mas o desenvolvimento econômico a afeta ainda mais.



Pgs. 279-300


"Epílogo: "SÃO PAULO, OUTUBRO DE 2037 - A situação pode melhorar?"


207 - O conto futurista meio que resume algumas não-recomendações do livro, tipo "abertura prematura de conta-capital", erro da Coréia que a China poderia repetir. Ou abolição de tarifas a indústria nascente.


208 - Seria mais fácil para um país permanecer em atividades de baixa produtividade, mas o que um grande gestor faz o tempo todo é desafiar o mercado (botar a cara). A Nokia subsidiou seus incipientes negócios em eletrônica por 17 anos com dinheiro dos negócios de exploração de madeira, botas de borracha e cabos elétricosA Samsung sustentou suas subsidiárias de eletrônicos nascentes por mais de uma década com dinheiro obtido no setor de têxteis e refinamento do açúcar.


209 - A recomendação do livre mercado é correta — no curto prazo, quando as habilidades não podem ser muito mudadas. (...) Nós normalmente vemos os indivíduos fazendo sacrifícios no curto prazo para ter um aumento de suas habilidades no longo prazo, e aprovamos isso com louvor.


210 - O que é o longo prazo? Depende. Para a Toyota, foram necessários mais de 30 anos de proteção e subsídios para ela se tornar competitiva no mercado internacional de automóveis, mesmo no segmento menos competitivo. Foram necessários bons 60 anos para que ela se tornasse uma das principais fabricantes de automóveis do mundo. Foram necessários aproximadamente 100 anos a partir dos tempos de Henrique VII para a Inglaterra equiparar-se aos Países Baixos na fabricação de tecidos. Foram necessários 130 anos para que os Estados Unidos desenvolvessem suficientemente sua economia para se sentir confiantes e eliminar as tarifas.


211 - É muito arriscado ficar dependente de recurso natural na pauta, até pela possibilidade de viabilização de um substituto sintético ou surgir outra tecnologia/recurso natural mais eficiente para o mesmo fim.


212 - Serviços? Certamente, há alguns serviços que têm alta produtividade e escopo considerável para o crescimento produtivo futuro — os serviços bancários e outros serviços financeiros, a consultoria empresarial, a consultoria técnica e o apoio de tecnologias de informação vêm à mente. (...) Porém... as fontes mais importantes de demanda desses serviços de alta produtividade são as empresas de manufatura.


213 - Em 2002, a Suíça tinha, de longe, a maior produção de manufatura per capita do mundo — 24% mais que a do Japão, o segundo maior; 2,2 vezes a dos Estados Unidos; 34 vezes mais a da China, a "fábrica do mundo" de hoje; e 156 vezes a da Índia. De modo similar, Cingapura, considerada comumente a cidade-Estado de destaque como centro financeiro e porto de comércio, é um país altamente industrializado, produzindo 35% mais produto manufaturado per capita do que a potência industrial coreana e 18% mais que os Estados Unidos.


214 - O argumento da falha de governo: Esse foi o argumento usado pelo Banco Mundial em seu famoso relatório, East Asian Miracle, publicado em 1993. Ao recomendar aos outros países em desenvolvimento não imitar as políticas de comércio e industrial intervencionistas do Japão e da Coréia, o relatório argumentava que tais políticas podem não funcionar em países sem "a competência, o isolamento e a ausência relativa de corrupção das administrações públicas do Japão e da Coréia"5 — isto é, em praticamente todos os países em desenvolvimento.


215 - O conselho é "não tente fazer isso em casa" porque só Coréia, Japão e alguns poucos incríveis asiáticos conseguem a expertise na coisa. Há anos, quando eu era aluno da graduação, tive a oportunidade de comparar os documentos antigos de planejamento econômico da Coréia e da Índia. Os planos antigos da Índia eram algo totalmente de vanguarda para a situação do país. Eles se baseavam em um modelo econômico sofisticado desenvolvido pelo estatístico famoso mundialmente Prasanta Chandra Mahalanobis. Os planos coreanos, estou envergonhado de dizer, foram escritos justamente pelos burocratas de terceira e quarta categoria descritos pelo professor Winters. Mas a economia coreana teve resultados muito  melhores que a indiana.


216 - A competição econômica global é um jogo de jogadores desiguais. Ela coloca no páreo países que variam, conforme os economistas do desenvolvimento gostam de dizer, de Suíça a Suazilândia. Em conseqüência, é apenas justo que "inclinemos o campo de jogo" a favor dos países mais fracos.


217 - Chang coloca que os países ricos deveriam permitir "vantagens" aos países em desenvolvimento para que estes crescessem e ampliassem seus mercados, o que inclusive seria bom no longo prazo para empresas dos países ricos (ainda mais se futuramente as barreiras forem sendo retiradas). Enfim, equilibrar o jogo antes de "tirar as rodinhas", digamos assim.


218 - Houve um período, entre o Plano Marshall (anunciado há 60 anos, em junho de 1947) e o surgimento do neoliberalismo, nos anos 70, em que os países ricos, liderados pelos Estados Unidos, não se comportaram como Maus Samaritanos, conforme discuti no Capítulo 2. Diz que isso pode ter sido em razão da necessidade de cooptação no contexto do avanço do "comunismo".



FIM!


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