Textos: "Fernando Pedrão - O Marginalismo Tardio de Marshall" e "Ottolmy Strauch - Compreendendo Marshall"

      

Texto: Fernando Pedrão - O Marginalismo Tardio de Marshall



Pgs. 1-36



O autor: Doutor em Ciências Econômicas (Ufba) e graduado em Ciências Econômicas (Ufba). É professor da Universidade Salvador e presidente do Instituto de Pesquisas Sociais.



1 - Li já quase dez páginas e nada explica direito. 


2 - Marshall e EUA: situou acertadamente a importância dos deslocamentos da fronteira de ocupação como mecanismo que gerou uma nova composição de capacidade produtiva, assim como percebeu a importância da recepção de imigrantes qualificados, que deu aos EUA uma vantagem desconhecida na Europa. Registrou as diferenças estruturais do modelo norte-americano, especialmente no relativo à formação de um mercado de trabalho que foi fortalecido pela imigração de trabalhadores qualificados.


3 - Marshall e Marx coincidem em negar valor gerado na esfera da individualidade.


4 - As restrições que surgem à universalidade da validade da utilidade vêm de que as vontades de consumir mudam junto com a diversificação do sistema de produção, do que decorre a necessidade de construir um quadro de utilidades relativas distribuídas sequencialmente no tempo.


5 - (Para variar, vai jogando várias coisas a cada frase sem nada explicar. É como se fosse um "se quer saber sobre Marshall, leia Marshall, mas aí pra que serve o texto exatamente?)


6 - Tal como Marx, Marshall vê a agricultura como o espaço social em que o capital realiza negócios, onde, portanto, o valor da terra está determinado pelo que ela pode produzir. Assim, o valor da terra depende de tecnologia e dos modos de organizar o trabalho.


7 - Se uma nova invenção dobra a eficiência do trabalho em qualquer negócio é que um homem faz mais produtos sem mais equipamento, pelo que o valor destas coisas cai pela metade. A demanda efetiva pelo trabalho de cada um aumentará e a parte de cada trabalhador será um pouco maior que antes (Marshall, 1967, p. 424).


8 - Texto meio inútil para meus objetivos.


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Artigo: Ottolmy Strauch - Compreendendo Marshall


Pgs. 1-50


9 - Aloca Marshall na linhagem da Economia Clássico. Seria da época "ricardiana-reformada". Coloca que foi precursor da econometria. 


10 - A parte biográfica é curiosa, mas não tenho muito a anotar. O pai censurando estudo de matemática como coisa de vagal é bem engraçado.


11 - Assim como o contemporâneo Marx, passou gradualmente da filosofia para a economia. O estudo da pobreza - vista por ele como causa de grande parte dos males sociais - tornou-se meta de vida, digamos.


12 - Restringia o uso da matemática, apesar de ser grande mestre nisso, ao segundo plano das suas justificações.


13 - Segundo Strauch, não foi um mero sintetizador da economia clássica com o marginalismo. Tinha sua própria originalidade perdida na bagunça, digamos assim.


14 - Coloca-o como conciliador, porém, do princípio clássico de custo de produção com o princípio da utilidade marginal. 


15 - Há uma lista das contribuições de Marshall, anotada por Keynes, que não traz grandes novidades, mas que, à época, certamente foram grandes inovações.


16 - Colocava o "bem-estar geral" como preocupação principal.


17 - Marshall ao mesmo tempo em que se preocupava com a miséria injusta dos baixos salários, segundo seu próprio ponto de vista (há um desigual poder de barganha), era partidário de certo tipo de eugenia, mal explicada no texto. Enfim, coisa de victoriano sequelado, o normal na época, creio. Era inclusive contra titulação acadêmica às mulheres (apesar do caso da sua esposa) e defendia outras posições machistas.


18 - Defendeu associações voluntárias, sindicatos e legislação do trabalho. Era entusiasta do salário mínimo, por exemplo.


19 - Colocava-se pela mudança - redução da desigualdade - sem abalar a segurança jurídica.


20 - Marshall acreditava que o economista não tinha que ficar se perguntando se estava ou não extrapolando a "economia pura", digamos assim. O progresso só tem razão se atende a equidade social. O economista seria um combatente contra a pobreza, visando libertar o homem de seus males. Meio que colocava que não dava pra ser um mero "tecnocrata". 


21 - Ao mesmo tempo, era um "imperialista" - defensor da Pax Britannica - e supremacista racial.


22 - Coloca que o pensamento de Marshall está inevitável e parcialmente datado por praticamente ignorar as questões macro da atualidade. Porém, Strauch pinça trechos nos quais Marshall pareceu ciente das limitações das análises estáticas.


23 - Coloca que Marshall jamais foi socialista e achava Marx nebuloso e utópico. Já Marx provavelmente sequer conhecia a obra de Marshall ou, se conhecia, não dava importância.


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