Livro: Isaak Ilich Rubin - Teoria marxista do valor - Capítulos 9, 10, 11 e 12
Livro: Isaak Ilich Rubin - Teoria marxista do valor
Pgs. 91-96:
"CAPÍTULO 9: "O valor como regulador da produção"
22 - Por essa carta de Marx a Kugelmann, o valor aparece como algo bem "natural", digamos assim. Ao menos foi o que eu achei.
23 - Ele vai bem na linha em que concordo: o equilíbrio capitalista não existe, mas existe, digamos assim rs. Possivelmente nunca ocorre de fato, mas age sempre como força tendencial. Acho que mesmo no capitalismo mais "moderado/coordenado".
24 - No mais... Nada muito novo ou concreto.
Pgs. 97-106:
"CAPÍTULO 10: "Igualdade de produtores de mercadorias e igualdade de mercadorias"
25 - Coloca que Marx não analisou as trocas em abstrato no "O Capital", mas no contexto capitalista. Bawerk que teria interpretado que era "em abstrato". A teoria do valor seria restrita ao capitalismo na visão de Rubin, assim entendi. "BB" começa seu ataque a Marx contestando, porém (e isso Marx realmente disse, coloca Rubin) que as trocas sejam "iguais". Não é igualdade, mas desigualdade. Isso porque o austríaco parece só ver valor subjetivo, acho.
26 - "BB" colocava a teoria como robustamente coerente com os pontos de partida, mas considerava estes errados. A teoria do valor-trabalho. Na concepção de Rubin, não dá pra separar assim a coisa. Não é a "lógica", mas a história quem transforma dinheiro em capital, por exemplo. Não é um mero sistema de ideias/conceitos. Assim entendi.
Pgs. 107-118:
"CAPÍTULO 11: "Igualdade de mercadorias e igualdade de trabalho"
27 - Coloca que a chave da teoria do valor não está no ato de troca, mas "na maneira pela qual o trabalho é igualado e distribuído na economia mercantil". Chega-se ao valor pela análise do trabalho nessa economia.
28 - Diz que Marx só quer saber das trocas na especificidade capitalista, ainda assim com limites. (A explicação é meio vaga, pra variar...).
29 - Equilíbrio social da produção: o trabalho vai migrando de setor para outro...
30 - Algumas partes, como a de "Bogdanov", nem dá pra entender muito bem qual é a questão. Ele explica muito brevemente.
Pgs. 119-136:
"CAPÍTULO 12: "Conteúdo e forma de valor"
31 - Coloca que no "Crítica...", Marx ainda não diferenciava muito bem o valor do valor-de-troca.
32 - Bailey considerava, já naquele tempo, o valor como algo desnecessário na Economia Política. Havia apenas a proporcionalidade entre os produtos nas trocas, mas isso variava muito. Era "inteiramente relativo".
33 - Marx, segundo Rubin: "o valor de troca não pode ser compreendido se não for reduzido a algum elemento comum, a saber, o valor". E a base comum subjacente a ambos é o trabalho. (Enfim, valor-de-troca é preço-de-mercado ou não é então? Como sempre digo, parece ser...)
34 - Rubin: A análise do trabalho leva ao valor, que é, por sua vez, o fator comum que serve como base a todos os valores de troca.
35 - Afirma que Marx não tem como ponto central argumentativo que o trabalho é a única coisa comum na comparação entre as mercadorias. (A tal naturalização da lei do valor de que JB fala).
36 - A alguma regularidade que existe nas proporções de troca está sujeita aos processos de produção. (Ok, mas o tamanho do mercado consumidor também tem implicações de escala, que, por sua vez, podem afetar o valor via TSN, mas não quero tornar a discussão mais complexa. O problema da realização é real). Não há um caráter puramente acidental nas trocas, como quer Bailey.
37 - O valor-de-troca é determinado, então, pelo trabalho. E o valor? É determinado pelo trabalho? É o trabalho? Pergunta. Trabalho e valor são uma completa identidade? Diz que os antimarxistas pensam que Marx diz que trabalho é valor.
38 - "O trabalho é apenas a substância do valor". O valor tem forma (que transforma valor em valor de troca), substância e magnitude (tempo de trabalho). Só a magnitude diz respeito ao aspecto qualitativo do valor. As demais dizem respeito ao aspecto quantitativo.
39 - Foram os economistas clássicos que descobriram o trabalho por trás do valor, mas Marx foi quem "mostrou que as relações de trabalho entre as pessoas e o trabalho socialmente necessário adquirem a forma material de valor dos produtos do trabalho, numa economia mercantil". Estudou a "forma de valor". Forma-valor. A forma social que ainda não adquiriu uma forma concreta (a concreta é o valor-de troca). Enfim, uma abstração de importância prática certamente menor.
40 - Pergunta agora se o conteúdo/substância do valor é o trabalho socialmente igualado em geral, que pode se dar em qualquer tipo de sociedade, ou apenas o trabalho abstrato. (Em termos de magnitude, não daria no mesmo?). Coloca que pode-se encontrar na obra de Marx "tiros" para os dois lados aí.
41 - ...Como ele crê que a forma vem do conteúdo (o que seria mais puxado pra Hegel e menos pra Kant), a forma de valor vem da substância. Assim, essa substância só pode ser o trabalho abstrato, senão a forma de valor não seria o que é. Assim entendi. (Não sei exatamente a importância prática disso tudo, mas ok).
42 - Enfim, abstrações bem chatinhas. Sei lá se peguei tudo. Não é algo que me desperte grande interesse, por eu não ver muito bem o que tudo isso muda na prática.
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