Livro: João Bernardo - Marx Crítico de Marx I - Capítulos 10 e 11
Livro: João Bernardo - Marx Crítico de Marx - Livro Primeiro
Pgs. 322-342:
"CAPÍTULO 10: "O espelho de Marx: Marx pelos críticos"
125 - Coloca que cada crítica vai focar o ataque num dos polos da contradição de Marx. Alguns acham que ele não deveria ter gastado centenas de páginas sobre mais-valia e práxis, mas sim focando na análise dos preços, na esfera "existente" - vísivel - da circulação. Schumpeter... Robinson... Na prática, todo mundo vai meio que na linha dessa crítica.
126 - Cita o "revisionismo italiano" como o primeiro a querer separar o "econômico" do "O Capital' da suposta "parte moral/ideal". Croce seria o primeiro nome nesse sentido.
127 - Croce colocaria o trabalho como um produto naturalizado como qualquer outro, não tendo preponderância. A teoria marginalista seria a teoria pura do valor e a de Marx algo diferente, que ele só aceita em parte, "higienizada" da mais-valia.
128 - Coloca que Lange foi quem levou longe a fusão entre marxismo e "neo-marginalismo", meio que usando o segundo como teoria dos preços na esfera da circulação, o que seria a real "lei do valor". Alguns outros preferiram a fusão com o "neorricardianismo", sei lá como chamar. Todas essas concepções dominaram a prática dos capitalismos de Estado ditos socialistas. Coloca JB, porém, que não é exatamente uma função, mas mais que isso. Tem a ver com a prática. (A explicação é meio confusa, achei).
129 - Lembra que o marginalismo não surgiu para "combater o valor-trabalho". Veio se desenvolvendo paralelamente a este.
130 - JB afirma que Bohm-Bawerk vê a lei do valor naturalizada como base do edifício do Capital, e não a mais-valia e sua práxis (o outro polo). "Forma de exposição", repete-se, que não bate com a "estrutura da ideologia". Em um trecho, Bohm-Bawerk até dá a entender que Marx deve fundamentar suas conclusões talvez em outros argumentos, mas o austríaco não prossegue nessa tese.
131 - Diz que a réplica de Hilferding consiste justamente em sublinhar o "caráter social do trabalho" contra a naturalização do valor. (Seja o que isso for na prática, ainda mais porque, mais à frente, JB vai dizer que o mesmo Hilferding não deu primazia à mais-valia). O que não seria exatamente novidade ali, mas foi talvez a melhor sistematização da coisa ao que entendi.
132 - Porém, JB afirma que Hilferding naturaliza e humaniza o trabalho, ou seja, práxis geral de toda a sociedade, não de um polo dela apenas. Assim, tanto Hilferding quanto BB, de modos diferentes, acabam escamoteando a luta social, coloca.
Pgs. 343-358:
"CAPÍTULO 11: "A 'prática' como concreto máximo (segunda exposição). Os sistemas ideológicos"
133 - Apesar de quase quinze páginas, aqui, não cheguei a ver nada de muito concreto ou diferente do que ele já disse em capítulos anteriores. Basicamente insiste no perigo da "ideologia final" negadora de ideologias. Seria o embrião do totalitarismo.
Pgs. 359-364:
"Esboço de correspondência entre as categorias econômicas da ideologia burguesa e as categorias econômicas do sistema ideológico de Marx"
134 - Aqui, apesar da leitura, entendi menos ainda a importância de qualquer discussão.
135 - Mas enfim, vamos ver o que tem no "Livro II" (volume 2, sei lá).
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