Livro: Karl Marx - O Capital, Livro III - Capítulos 3 e 4
Livro: Karl Marx - O Capital, Livro III - Capítulos 3 e 4
Pgs. 89-114:
CAPÍTULO 3: "Relação entre a taxa de lucro e a taxa de mais-valor"
37 - l’ : m’ = v : C. Ou seja... A taxa de lucro se relaciona com a taxa de mais-valor do mesmo modo que o capital variável se relaciona com o capital total.
38 - ...Dessa proporção, segue-se que l’, a taxa de lucro, é sempre menor que m’, a taxa de mais-valor, porque v, o capital variável é sempre menor que C, a soma de v + c, capital variável e capital constante; excetuando-se o único caso, praticamente impossível, em que v = C
39 - Salário, duração da jornada, intensidade do trabalho, produtividade... Tudo isso altera m' e l'.
40 - Após, a meu ver, salvo algum descuido meu, usa alguns cálculos óbvios para explicar as consequências de tudo visto até aqui.
41 - "m’ constante, v variável, C alterado pela variação de v". Nesse caso, se "v" aumenta, sobe também a massa de mais-valia produzida e mesmo a taxa de lucro:
42 - (Eu diria que o problema aí é a tendência à queda da produtividade ao adicionar "exército de reserva", mas enfim, aí já estou indo demais para contextos e concretos...)
43 - m’ e v constantes; c e, por conseguinte, também C variáveis: a taxa de lucro cai conforme aumenta "c", logo, ou o capital total aplicado cresce, pra preservar a taxa... Ou m' teria, sim, que variar pra cima para preservar a taxa. (Lembrar que isso pode se dar inclusive mantendo estável o poder de compra do trabalhador num cenário de crescimento da produtividade. Basta haver compasso).
44 - Alguns exemplos que Marx dá servem tanto para intensidade como para produtividade. Na prática, acaba sendo a mesma coisa: "...Em segundo lugar, quando a intensidade do trabalho é distinta. Nesse caso, por exemplo, 20 trabalhadores produzem, com os mesmos meios de trabalho e em 10 horas diárias de trabalho, em I, 30; em II, 40; e em III, 60 peças de determinada mercadoria, da qual cada peça, além do valor dos meios de produção nela consumidos, representa um novo valor de £1. Como em cada caso 20 peças = £20 repõem o salário, restam para o mais-valor, em I, 10 peças = £10; em II, 20 peças = £20; e em III, 40 peças = £40."
45 - Os exemplos de "m’ e v variáveis, C constante" são estes aqui:
46 - De certa forma, isto aqui é o resumo da porra toda: A taxa de lucro é, assim, determinada por dois fatores principais: a taxa do mais-valor e a composição de valor do capital.
47 - No fim do capítulo dá mais uma resumida em tudo, mas enfim... as coisas são meio que intuitivas.
Pgs. 115-122:
CAPÍTULO 4: "Efeito da rotação sobre a taxa de lucro"
48 - Engels lembra que um capital que realiza mais rotações terá, mantidas as mesmas condições de comparação (e num mundo irreal em que a concorrência não vem para equalizar uma taxa de lucro absurda), taxa de lucro maior que o que realiza menos. E o resto do capítulo me pareceu apenas uma tentativa de complicar esse algo simples. (Aliás, todo esse auê sobre "rotação do capital" me parece superdimensionado desde o livro II).
49 - Interessante que ele calcula lá - não sei bem o porquê, por sinal - a taxa de lucro de uma fábrica de fio de algodão ou algo assim e dá 33% de lucro anual. Diz que está "anormalmente alta", em razão de conjuntura muito positiva. Algodão barato ou algo assim. Pensei que nessa época fosse uma taxa normal. Parece que nem lá...
50 - ...A de mais-valor é que pode ir aos 1000 e algo% nessas taxas de lucro de "apenas" 30%.
51 - Enfim, só gostei dos dados do final do capítulo.
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