Livro: Varian, Hal - Microeconomia (2015) - Parte XVII
Livro: Varian, Hal - Microeconomia (2015) - Parte XVII
Pgs. 615-641:
CAPÍTULO 23: "A oferta da empresa"
536 - O ambiente de mercado traz óbvias restrições às decisões das empresas: a escolha do volume de produção e do preço de seu produto. E as restrições tecnológicas do mundo físico levam às restrições da função custo.
537 - Traz o "conceito" de restrição de mercado: ..."só poderá vender se as pessoas quiserem comprar".
538 - Enfim, sai cuspindo conceitos para familiarizar a pessoa nas terminologias: ...Podemos chamar a relação entre o preço que a empresa estabelece e o total que ela vende de curva de demanda com a qual a empresa se defronta. (...) ...se houver outras empresas no mercado, as restrições que a empresa enfrentará serão diferentes. Nesse caso, a empresa terá de conjecturar como as demais empresas irão se comportar quando ela escolher o preço e o nível de produção. E isso ele vai chamar de "ambiente de mercado". A "curva de demanda do mercado" só depende do consumidor. Não das decisões das "demais empresas". Enfim, um monte de termo besta.
539 - A justificativa usual para o modelo competitivo é que, quando existem muitas empresas pequenas no mercado, cada uma delas se defronta com uma curva de demanda essencialmente plana, mas mesmo se houver apenas duas empresas no mercado e uma delas insistir em cobrar determinado preço fixo, a outra empresa no mercado estará diante de uma curva de demanda competitiva, como a representada na Figura 23.1.
540 - A empresa competitiva escolherá um nível de produto y onde o custo marginal com o qual ela se defronta em y é exatamente igual ao preço de mercado. Em símbolos:
541 - Resumindo, como aqui na "competição pura" o preço - que é dado - é a receita, igualar custo marginal a receita marginal implica igualar o primeiro ao preço. Acima ou abaixo disso não fará sentido produzir/vender. ... Assim, a curva de custo marginal de uma empresa competitiva é precisamente sua curva de oferta. Ou, dito de outro modo, o preço de mercado é precisamente o custo marginal – desde que cada empresa produza em seu nível maximizador de lucro.
542 - ...Uma questão aí é que nem sempre haverá um só preço que iguala o custo marginal. Podem ter dois:
543 - A igualdade entre o preço e o custo marginal é condição necessária para a maximização de lucro, mas, em geral, não constitui condição suficiente.
544 - Outra exceção: se uma empresa produzir "zero", seus custos serão apenas os fixos. O lucro será, assim, "–F". Pois bem, os lucros proporcionados por um nível de produto y são de py – c"v"(y) – F. Será melhor para a empresa encerrar suas atividades quando:
545 - ...O que leva à equação de "condição de encerramento":
546 - Ou, se quisermos simplificar...: Se os custos variáveis médios fossem maiores do que p, a empresa ficaria melhor se fabricasse zero unidade de produto.
547 - Curva de oferta inversa: fornece o preço como função da produção.
548 - ...Diferentes empresas de diferentes tamanhos: como o preço é 100% dado nesse tipo de mercado e ele exige que o custo marginal se iguale ao preço para que o lucro seja maximizado, o custo total de produção de cada empresa pode ser muito diferente, mas o custo marginal de produção tem de ser o mesmo. (...) A equação p = CMa(y) nos fornece a função da curva de oferta inversa: o preço como função da produção.
549 - Na Figura 23.4, a área do quadrado é de exatamente p*y*, ou a receita total. A área y * CMe(y *) é o custo total:
550 - Excedente do produtor: ...podemos subtrair a área abaixo da curva de custo marginal da caixa de receita e obter a área mostrada na Figura 23.5B (...) o excedente do produtor é igual às receitas menos os custos variáveis, ou, de maneira equivalente, lucros mais os custos fixos.
551 - ...Coloca que o "C" é mais interessante/usado. "Observe que isso é consistente com a definição de excedente do produtor dada no Capítulo 14." (acho engraçado como ele quase nunca vai a alguma questão concreta, volta e meia lançando coisas/afirmações na mais pura abstração, como se quisesse que microeconomia fosse nossa vida rs)
552 - "Raramente estamos interessados na quantidade total do excedente do produtor; em geral, o que mais nos interessa é a variação do excedente do produtor".
553 - Diferença entre o longo e o curto prazo: A curva de oferta de curto prazo envolve o custo marginal de produção, mantendo-se k fixo num dado nível de produção, enquanto a curva de oferta de longo prazo envolve o custo marginal de produção quando k é ajustado de maneira ótima. (...) eles coincidem no nível de produção y * , em que a escolha do fator fixo associada ao custo marginal de curto prazo é a escolha ótima, k *. (...) a curva de oferta de longo prazo reagirá mais ao preço – será mais elástica – do que a curva de oferta de curto prazo.
554 - Se houver retornos constantes de escala, o custo marginal não varia e o gráfico fica inusitado:
555 - Se o preço estiver maior que o custo, a empresa, que puder, vai querer acelerar a produção até o infinito, ou seja, enquanto isso se mantiver ou for muito razoável que se espere isso.
EXERCÍCIOS E APÊNDICE
556 - P = Uma empresa tem uma função custo dada por c(y) = 10y-ao-quadrado + 1.000. Qual é a sua curva de oferta? R = A curva de oferta inversa é p = 20y, de modo que a curva de oferta é y = p/20. Pelo jeito, rolou uma derivada aí, mas ainda não consegui me interessar por toda essa "conceitada". Tinha que pressupor a competição pura. No mais, esse "p" será "CMa", até por isso. Serve pra próxima também.
557 - ...P = Uma empresa tem uma função custo dada por c(y) = 10y-ao-quadrado + 1.000. Em que nível de produção o custo médio é minimizado? R = Faça com que CMe = CMa para encontrar 10y + 1.000/y = 20y. Resolva para obter y* = 10. (O capítulo deveria ser assim, baseado em exercícios. Ficaria bem menos tedioso. Não o contrário... Eles aparecendo apenas no final)
558 - P = Se a curva de oferta é dada por S(p) = 100 + 20p, qual é a fórmula da curva de oferta inversa?; R = Resolva para p para obter P"s"(y) = (y – 100)/20. (Enfim, não explica, mas acho que são meramente os paranauês matemáticos de função inversa).
559 - A pergunta quatro não fez sentido pra mim, pois, pelo que vi na resposta, havia "milhares" de premissas implícitas. E há outras, na sequencia, igualmente mal feitas: "Qual é o principal pressuposto que caracteriza um mercado puramente competitivo?" A resposta também poderia ser "ausência de barreiras à entrada", por exemplo.
560 - Apêndice conclui obviedades.
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